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Agro
Quarta, 21 de setembro de 2016, 19h35

Projeto Maniçoba deve exportar 12 mil toneladas de uva


A exportação de uva produzida no projeto público de irrigação Maniçoba, gerido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Juazeiro (BA), deve chegar a 12 mil toneladas este ano – um aumento de cerca 33,3%, em relação ao ano passado.

Os dados são referentes às expectativas dos próprios produtores e foram publicados, nesta terça-feira (21), pela Companhia. O cultivo da fruta no projeto é todo voltado para o mercado externo. No ano passado, a produção foi de 5,6 mil toneladas nos lotes empresariais e familiares, atingindo um valor bruto de cerca de R$ 20 milhões.

“Para este ano, temos perspectiva de um aumento de cerca de 15% na produtividade do projeto”, ressalta Valter Matias de Alencar, gerente executivo do Distrito de Irrigação de Maniçoba (DIM). Segundo ele, além do clima favorável, um outro fator que está propiciando o aumento é a produção em áreas novas que este ano atingiram produtividade plena. “A expectativa dos empresários do projeto é que a produção seja de 30 a 35 toneladas por hectare”, afirma Alencar.

A uva cultivada no projeto público de irrigação Maniçoba é direcionada para exportação. “Uma boa parte vai para o mercado norte-americano e para a Europa. Tem também uma pequena janela de exportação para o Japão. Mas a maior parte vai mesmo é para a Europa”, explica Alencar. A fruta produzida na região tem um sabor intenso e que é muito apreciado pelos europeus. Por isso, o foco para as vendas são países como Inglaterra, Alemanha e Holanda.

Maniçoba

O projeto foi implantado pela Codevasf na década de 1980. Nele, vivem e trabalham mais de 600 famílias, instaladas em 238 lotes familiares e 80 empresariais. Entre as principais culturas, além da uva, estão a manga e a cana-de-açúcar. Em 2015, o valor bruto de produção foi de R$ 129 milhões.

Comércio em alta

O Vale do São Francisco foi o principal responsável pelas exportações de uva no Brasil no ano passado, contribuindo com aproximadamente 99,87% do volume (34,3 mil toneladas) e 99,78% do valor bruto de produção total (U$ 72,1 milhões). Os Estados de Pernambuco e Bahia são os principais exportadores, com 26,6 mil toneladas e U$ 55,5 milhões, e 7,6 mil toneladas e U$16,5 milhões, respectivamente.

O valor vem aumentando gradativamente ao longo dos anos, conforme informações da Associação de Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport).

Segundo dados divulgados pela Valexport, nos próximos três meses, a previsão é de que 20 mil toneladas de uva sejam comercializadas para o exterior. A expectativa é que a exportação da fruta movimente U$ 72 milhões. Só para os Estados Unidos, por exemplo, espera-se um crescimento de 10% nas exportações.

Balanço

Cerca de 251 mil toneladas de uva foram produzidas, em 2015, nos projetos públicos de irrigação geridos pela Codevasf em Pernambuco, Bahia e Minas Gerais, representando um valor bruto de produção de R$ 895 milhões. O desempenho coloca a viticultura como a atividade que mais se destaca nessas áreas devido ao rendimento elevado e à qualidade dos frutos produzidos.

Segundo dados da Área de Gestão de Empreendimentos da Irrigação da Codevasf, nos projetos públicos de irrigação mantidos pela empresa o resultado positivo pode ser observado pela evolução dos números em relação ao ano de 2014: a produção aumentou em 20%; o valor bruto de produção cresceu aproximadamente 42% e a área cultivada também foi ampliada em 8%, passando de 5,6 mil hectares em 2014 para 6,1 mil hectares em 2015.

“Além disso, o rendimento médio da cultura da uva nos projetos públicos de irrigação passou de 42,53 toneladas por hectare, em 2014, para 42,84 toneladas por hectare em 2015. Esse aumento na produtividade provavelmente pode ser atribuído ao melhor manejo e tecnologia adotados pelos produtores da região”, explica Andréa Rachel Sousa, gerente de Apoio à Produção da Codevasf.

Custo

A viticultura nos projetos públicos de irrigação da Codevasf é explorada por pequenos, médios e grandes produtores. O custo variável médio de produção fica em torno de R$ 48 mil por hectares, com rendimento bruto em torno de R$ 140 mil por hectare. Embora a margem seja alta, o principal custo ainda está na implantação do pomar no primeiro ano de cultivo, que fica em torno de R$ 120 mil por hectare.

Existem mais de oito variedades de uva exploradas no Vale do São Francisco, sendo que algumas estão voltadas para o mercado externo. A variedade Itália ainda é a mais cultivada e, por isso, sujeita a oscilações de mercado. No entanto, outras variedades são produzidas: dentre as uvas com semente estão a Benitaka e a Red Globe, e entre as sem semente estão Crimson, Thompson e Festival. 




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