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Agro
Sexta, 30 de setembro de 2016, 05h37

Agritechs são um oceano azul para os empreendedores de startups


Em meio a tantas más noticias sobre a economia do país, o setor lácteo é uma ilha banhada por um oceano azul de oportunidades para os empreendedores que buscam uma boa ideia para faturar no mercado de startups. De olho nos navegantes, o desafio de startups Ideas for Milk vai revelar as melhores propostas em uma série de eventos que reúne oito finais locais em diferentes cidades e uma final nacional em Brasília.

As agritechs vêm ganhando espaço no cenário brasileiro. Também, pudera. Estamos falando das soluções para o setor que é responsável por mais de um quinto do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Em 2015, isso significa que R$ 1,267 trilhões das riquezas produzidas no país vieram da agricultura e da pecuária, segundo o PIB Agropecuário, calculado por Cepea/USP e CNA.

A cadeia produtiva do leite é a mais extensa e a que gera maior faturamento dentre as diversas áreas do agronegócio. São cerca de quatro milhões de trabalhadores diretamente ligados ao setor. Somente no campo, mais de 1,3 milhões de produtores rurais estão distribuídos em 99% dos municípios brasileiros. A cadeia envolve fornecedores de insumos, prestadores de serviços técnicos, logística de captação e distribuição do leite e produtos derivados, indústria de laticínios, mercado interno, mercado exterior e consumidores finais.

Para 2016, a expectativa é atingir o faturamento de R$ 100 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Leite Longa Vida (ABLV). Vale lembrar que o leite está presente em mais de 90 tipos de produtos. Além dos lácteos, como queijos e iogurtes, ele é matéria prima para cosméticos, medicamentos, suplementos, sobremesas e tantos outros produtos.

Soluções de base tecnológica – Até hoje profissionais são treinados para classificar a condição corporal de uma vaca por toque e avaliação visual. A técnica trabalhosa e imprecisa é que gera o que se chama de Escore de Condição Corporal (ECC), uma estimativa do estado de nutrição de cada animal. Certamente esse profissional do campo carrega no bolso um celular com o qual poderia tirar uma foto do animal e deixar que um aplicativo diga qual é o ECC. Muito mais simples e preciso, certo? Foi isso que pensou a equipe da Embrapa Gado de Leite que desenvolveu o E-Score, agora em fase de validação.

Outros aplicativos e sensores nacionais estão surgindo com esse mesmo propósito: tornar o trabalho mais eficiente, menos penoso, com mais controle e gestão e, ainda, usando o conhecimento técnico existente. Por enquanto, são poucas as soluções disponíveis no mercado.

O desafio de startups Ideas for Milk surge para impulsionar o desenvolvimento de ecossistemas em torno do leite. A proposta é despertar o interesse de investidores, aceleradoras, incubadoras, desenvolvedores, profissionais de ciências agrárias e tantos outros ligados ao agro e a TI para as oportunidades de criar negócios lucrativos por meio de soluções de base tecnológica voltada para a cadeia produtiva do leite. Existem muitas oportunidades, pois, segundo a Associação Brasileira de Startups, apenas 0,5% das startups brasileiras são do setor agro.

Podem ser inscritas na competição propostas de soluções em software web, aplicativos mobile e hardwares, incluindo Internet das Coisas, que auxiliem nas atividades produtivas ao longo de toda a cadeia do leite, viabilizando precisão nas tomadas de decisões. As inscrições são estendidas tanto a startups e quanto a equipes informais e a proposta ser feita desde o nível de ideia até produto consolidado.

Inscrições e pré-mentoria – As inscrições estão abertas até 12 de outubro e a competição já tem 80 propostas inscritas. Os candidatos podem recorrer à ajuda de mentores do agronegócio do leite e de negócios em Tecnologia da Informação (TI) desde o início do processo. As informações estão disponíveis no site www.ideasformilk.com.br e na fanpage www.fb.com/ideasformilk.

O Ideas for Milk será composto de três etapas. A primeira é a seleção das cinco melhores ideias inscritas em cada cidade sede onde haverá uma Final Local. Serão oito Finais Locais e o ganhador de cada uma delas vai para a Final Nacional, que será realizada no dia 14 de dezembro, em Brasília.

A iniciativa é liderada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por meio de quatro unidades: Embrapa Gado de Leite, Embrapa Informática Agropecuária, Embrapa Instrumentação e Departamento de Tecnologia da Informação. As empresas Litteris Consulting, Qranio, Carrusca Innovation e AgriPoint fazem parte da realização.

Onze das principais universidades brasileiras nas áreas de tecnologia e agro são correalizadoras do Ideas for Milk: as federais de Minas Gerais (UFMG), Juiz de Fora (UFJF), Lavras (UFLA), Viçosa (UFV), São Carlos (UFSCAR), Rio Grande do Sul (UFRGS) e Pelotas (UFPEL); a estadual de São Paulo (USP) com os campus de Piracibaca (Esalq) e São Carlos (ICMC); e as particulares PUC-Minas e PUC-RS.

São patrocinadores do Ideas for Milk: Totvs, G100, ABLV, Viva Lácteos e sindicatos das indústrias de leite. Aceleradoras, incubadoras, grupos de investidores, empresas júniores e empresas e associações de tecnologia e inovação fazem parte da iniciativa como apoiadores. 




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