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Agro
Quinta, 08 de dezembro de 2016, 15h54

Embrapa oferece curso sobre multiplicação de agentes de biocontrole


A multiplicação de agentes de biocontrole é fundamental para a produção comercial de biopesticidas. Como é um tema obrigatório para todos que desenvolvem produtos à base de agentes de biocontrole, a Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) e a Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás, GO) promovem curso para apresentar e discutir as técnicas disponíveis para multiplicação de agentes de biocontrole, para estudantes de pós-graduação e profissionais da área de biocontrole, em 9 de dezembro de 2016, em Jaguariúna, SP, no auditório da Embrapa Meio Ambiente.

Conforme Gabriel Mascarin, doutor em Entomologia e analista A da Embrapa Arroz e Feijão e um dos coordenadores do curso, o controle biológico passa por um momento único de grande repercussão e expansão no mercado mundial de pesticidas, com uma taxa anual de crescimento de 15% e uma estimativa de vendas projetada para 4 bilhões de dólares no mercado fitossanitário de 2017.

Esta tática de controle é um componente indispensável em programas de manejo sustentável e integrado de pragas, tais como artrópodes (insetos e aracnídeos), plantas daninhas, nematoides fitoparasitos e fitopatógenos. Além disso, alguns desses agentes biológicos podem atuar como promotores de crescimento de plantas e, consequentemente, reduzir a utilização de adubos químicos sintéticos, explica Mascarin.

Neste contexto, empresas nacionais e multinacionais vêm investimento incessantemente em métodos de multiplicação e formulação destes agentes de biocontrole para atender a um mercado crescente. Entretanto, as tecnologias geradas dentro das empresas são, na sua grande maioria, protegidas por patentes ou sigilosas e, portanto, nem sempre estão disponíveis à comunidade científica. De acordo com um dos coordenadores do curso, Wagner Bettiol, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, são limitados os estudos sobre o tema nas instituições públicas de pesquisa. E sugere que os órgãos de fomento à pesquisa criem programas específicos para estimular o desenvolvimento da área.

"Irei focar nos principais métodos de multiplicação in vivo e in vitro de agentes de biocontrole de origem microbiana, com especial ênfase dada aos fungos, bactérias e vírus, apresentando suas vantagens e desvantagens. Além disso, aspectos de formulação e estabilização de propágulos destes agentes microbianos serão abordados sucintamente, tendo por objetivo ilustrar processos de downstream em escala industrial de um biopesticida comercial", diz Mascarin.

"Os métodos de multiplicação, formulação e estabilização a ser escolhidos dependerão diretamente da natureza do agente de biocontrole, do tipo de propágulo que se deseja produzir e do alvo que se pretende controlar. Não menos importante, os custos envolvendo mão-de-obra, espaço físico, tempo, energia e equipamentos, apenas para citar alguns, também influenciam na escolha da estratégia a ser adotada para multiplicação destes agentes microbianos benéficos", enfatiza o pesquisador.

Durante o curso, exemplos práticos de produção e formulação de agentes microbianos serão apresentados e discutidos com os participantes. Portanto, pretende-se proporcionar uma visão geral e atualizada dos métodos de multiplicação e formulação de alguns dos principais agentes microbianos de biocontrole.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas diretamente no local do evento. 




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