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Agro
Quarta, 10 de maio de 2017, 11h47

Embrapa identifica que lavouras de milho estão em bom estado fitossanitário


Análise feita pelos técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que acompanharam o Circuito Tecnológico Milho deste ano indica que as lavouras estão em bom estado fitossanitário. A observação resulta da visita in loco a mais de 200 propriedades rurais espalhadas por 32 municípios de Mato Grosso, no período de 24 a 28 de abril.

O Circuito Tecnológico Milho é realizado anualmente pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) para verificar as condições do milho de segunda safra. Uma das percepções identificadas é a de que a maioria das lavouras do estado apresentou bom aspecto produtivo, indicando que o milho foi plantado dentro do período recomendado.

Responsável pelo projeto, a gerente de Pesquisa e Gestão de Propriedades, Cristiane Sassagima, informa que as lavouras estavam, de forma geral, em bom estado fitossanitário. "Mesmo nas regiões em que identificamos a presença de doenças, havia um baixo índice de severidade, não prejudicando o resultado final da cultura", explica.

O resultado surpreende, já que a perspectiva nada favorável para a comercialização do milho fez com que muitos agricultores diminuíssem o investimento para este ciclo. Com isso, vários produtores tiveram que reduzir o número de pulverizações idealizado. Um dos dados identificados foi o de que predomina nas propriedades visitadas a calendarização do uso de fungicidas, com uma a duas aplicações por safra.

O controle de plantas daninhas ao milho mostrou-se eficiente, mas foi observado o aumento da incidência de espécies de difícil controle, como vassourinha-de-botão, erva-quente, poaia-branca, capim-amargoso e capim-pé-de-galinha.

Já a presença de lagartas diminuiu este ano em relação ao ciclo passado. "A boa distribuição de chuvas ajudou a reduzir a pressão de ataque da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), por exemplo", afirma Rafael Pitta, Doutor em Entomologia e Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agrossilvipastoril.

Pitta explica que a regularidade das chuvas cria um ambiente propício para o crescimento do fungo entomopatogênico, que age como parasita da lagarta – atuando indiretamente como uma "proteção" à lavoura. Chuvas regulares também favorecem a expressão das proteínas Bt do milho (tóxicas às lagartas). "Tudo isso ajuda no controle da praga", observa o pesquisador.

A região Leste, até o momento, foi a única em que a Embrapa identificou a presença da cigarrinha do milho (Dalbulus maidis). O dado é positivo porque o inseto é vetor do enfezamento, uma doença que prejudica o desenvolvimento de espigas e grãos, que ficam pequenos, manchados, frouxos ou chochos.

O percevejo barriga-verde (Dichelops spp.), facilmente encontrado nas safras anteriores, não se disseminou neste ciclo. "Depois do susto em 2016, os agricultores intensificaram o controle, aplicando inseticida na dessecação da soja de forma preventiva e fazendo o tratamento de sementes do milho", comenta Rafael Pitta.

A análise qualitativa dos dados do Circuito Tecnológico Milho feita pela Embrapa pode ser conferida na íntegra neste link. O relatório final da edição deste ano ainda está em finalização. 




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