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Agro
Terça, 01 de abril de 2014, 16h56

Criadores apostam na criação de frango Índio gigante em Mato Grosso


 No Rancho da Felicidade, localizado no distrito da Guia (30 km ao Norte de Cuiabá), numa área de 2,46 hectares, o produtor rural e médico veterinário Vicente Mamede possui um plantel de 180 aves da raça caipira Índio Gigante. Considerada precoce, a ave atinge o comprimento de mais de 1 metro (medindo da unha a ponta do bico) e chega a pesar até 3 quilos em 150 dias. Segundo ele, a atividade é considerada rentável e a comercialização de animais representa um lucro de até 30% na renda da propriedade.

Mamede fala que um pintinho da raça Índio Gigante é comercializado conforme a idade (5 a 10 dias), por R$ 20,00 e um reprodutor custa em torno de R$ 200,00. As aves são criadas em sistema de baias, divididas em piquetes, onde um reprodutor é criado com 10 matrizes. Os ovos são selecionados e os maiores vão para as incubadoras e permanecem chocando durante 21 dias, quando nasce o pintinho. E toda a lida com os animais é por conta do produtor, seja na alimentação ou retirada de três a quatro vezes por dia dos ovos. “A limpeza e o trato dos animais são por minha conta, faço tudo sozinho”, declara o produtor.

Satisfeito com a rentabilidade do negócio, comercializa as aves em sua propriedade e adverte que são livres de qualquer doença. Além disso, a variedade é resistente, ótimo reprodutor de frangos precoces e com alto rendimento de carne, exige poucos cuidados dos criadores, fazendo com que a atividade não necessite de grandes investimentos. A previsão do produtor é expandir para atender o estado de Mato Grosso com exemplares que apresentem rusticidade, beleza e tamanho.

O técnico agropecuário da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Manoel Paula de Almeida, comenta que a empresa foi pioneira no estado a pesquisar a raça e comercializar os animais. O trabalho está sendo desenvolvido no campo experimental, no município de Juína (735 km a Noroeste da capital). Almeida esclarece que a galinha caipira tradicional leva em média 12 meses para atingir o peso de 2 quilos, em criação extensiva, enquanto que raça Índio Gigante leva de 90 a 120 dias.

Com um plantel de 150 matrizes, a cada 21 dias, são retirados 130 pintinhos e comercializados. Segundo Manoel, a intenção é melhorar o plantel da ave caipira no Estado com o melhoramento genético. Para garantir frangos melhores em peso e tamanho, realiza cruzamento das galinhas caipiras comuns com os galos selecionados. “Somente na região de Juína, nos últimos anos, houve um aumento de 70% na criação com o Índio Gigante. Os criadores estão aderindo à raça que é oriunda de Minas Gerais e Goiás”, destaca Manoel.




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