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Interior de MT
Quinta, 28 de agosto de 2014, 05h53

Após reunião com Silval, estudantes de Medicina da Unemat reforçam protestos e greve


Estudantes protestam dentro de obra que deveria ser o laboratório do curso de Medicina.


Redação

Uma reunião com o governador Silval Barbosa (na semana passada) não demoveu os estudantes de Medicina da Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso) , a continuarem com os protestos contra irregularidades existentes no curso da instituição, sediada na cidade de Cáceres (220 km de Cuiabá). Na manhã de hoje (28) estudantes devem realizar uma Assembleia Geral para decidir os rumos do movimento. Os acadêmicos reclamam que, apesar dos protestos dos últimos dias, a gestão da universidade não apresentou soluções para as demandas que impedem a volta às atividades.

Entre as reivindicações estão a construção de laboratórios, aquisição de peças anatômicas humanas, livros, docentes com qualificação na metodologia de ensino PBL, regularização de convênios e do hospital-ensino, acesso wi-fi, projeto pedagógico completo e plano de ensino, entre outros. Todas as reivindicações estão expostas no manifesto divulgado em 13 de agosto de 2014, quando a greve foi deflagrada em Assembleia Geral.

Ontem, (27) uma caminhada marcou as duas semanas de greve dos estudantes de Medicina da Unemat. Com narizes de palhaço, cerca de 70 alunos participaram do protesto, que durou quase duas horas. Por volta de 8h, os alunos reuniram-se em frente ao Hospital São Luiz e seguiram com faixas e cartazes pela Avenida 7 de Setembro em direção ao campus da Cavalhada. O trânsito ficou parcialmente interditado.

Movimento Apartidário

Os alunos declaram que o movimento é apartidário, sem líderes e independente. De acordo com os acadêmicos do curso, desde 2012 a Reitoria da Unemat promete, mas não cumpre. Uma das promessas é a entrega dos blocos de laboratórios, garantida para três datas, todas adiadas. Foram adquiridas apenas algumas peças artificiais de laboratório, e as anatômicas humanas, indispensáveis ao aprendizado médico, continuam inexistentes. Além disso, falta biotério e espaço físico para aulas, e as salas são disputadas entre professores.

Sobre os docentes, mesmo com o concurso público feito este ano, a demanda não foi suprida, e ainda existem disciplinas sem aula. Além disso, parte dos profissionais não recebeu treinamento para a metodologia PBL, o que dificulta o aprendizado. Para os estudantes, este é um exemplo de descaso com o compromisso firmado pela gestão da universidade. A biblioteca também está defasada, com livros antigos e muitos títulos indisponíveis para atender à demanda do curso, que já conta com cinco turmas. Os alunos também reclamam que o projeto pedagógico é defasado e incompleto, e a entrega dos planos de ensino muitas vezes não ocorre. Falta planejamento e infraestrutura.

Outra demanda são os convênios. Sem hospital-ensino, os estudantes chegaram a ser barrados em atividades nas instituições de saúde, o que gera constrangimento e defasagem no aprendizado. A falta de convênios também impediu aos estudantes o acesso a algumas vacinas, fato que os expõe a riscos. A gestão da Unemat, que discursa sobre ensino de qualidade e necessidade de pesquisas, não proporciona o mínimo para que os estudantes desenvolvam artigos científicos. Não existe internet wi-fi no campus.




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