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Interior de MT
Sexta, 02 de outubro de 2015, 09h45

Trabalhos de recuperandos são apresentados em feira escolar


O trabalho artesanal produzido pelos recuperandos da Cadeia Pública de Alto Araguaia foi exposto em uma feira cultural, realizada pela diretoria da Escola Estadual Carlos Hugueney. A parceria entre as secretarias de Estado de Justiça e Direitos (Sejudh) e de Educação (Seduc) possibilitou que o trabalho dos detentos fosse visto pelos visitantes da feira e que os alunos entrassem em contato com temas como direitos humanos, especificamente no tocante ao tratamento dispensado ao cidadão privado de liberdade.

A experiência foi recebida pelo recuperando Tiago Soares de Souza Silva de forma positiva. “Foi muito bom divulgar meu artesanato, feito de barbante. Pude mostrar para quem está fora o que é feito pelos presos dentro da cadeia. Aqui não é como muita gente fala, que estamos só comendo e dormindo, aprendemos muita coisa, sim”.

De acordo com o diretor da unidade escolar, Jean Merlin Rodrigues, o evento chamado “Pintando o Sete” é realizado anualmente há mais de uma década pela Escola Estadual Carlos Hugueney. “O evento consiste em exposição de trabalhos realizados por alunos, professores e funcionários da unidade escolar ou parceiros diretos ou indiretos da unidade. Este ano, participaram alunos da Universidade de Mato Grosso (Unemat) e reeducandos do sistema prisional de Alto Araguaia”.

De cunho pedagógico, a feira incentiva a prática da construção do conhecimento e a interação dos estudantes com novos saberes na realização dos trabalhos. “Assim, o evento é a culminância das atividades desenvolvidas ao longo do período letivo, no caso deste ano, dos três primeiros bimestres”, completa Rodrigues.

A professora Poleika Fraga dos Santos, que trabalha na unidade prisional, apresentou o artesanato produzido durante as atividades dentro do sistema. “Pelo estudo e pelo trabalho podemos mudar o mundo de valores destes cidadãos, pois seus valores são inerentes à vida de exclusão social, que ele viveu até então. Com a aproximação do convívio social, seja direto ou indireto, esses valores serão outros, mais próximo à inclusão social. Com essa mudança de valores poderemos obter a mudança de conduta e a não reincidência”, destaca o secretário Adjunto de Justiça, Luiz Fabrício Vieira Neto, que responde interinamente pela Adjunta de Administração Penitenciária.

Para o diretor da cadeia, Luiz Gustavo da Silva Machado, é muito importante poder expor os trabalhos, uma vez que a unidade trabalha com esse prisma da ressocialização. “Assim podemos mostrar a população grandes trabalhos, confeccionados dentro de nossa unidade prisional”.
 




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