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Interior de MT
Terça, 11 de julho de 2017, 13h16

Recuperandos participam de mutirão para reforma de campo de futebol


O campo de futebol, um dos poucos locais de lazer do município de Colniza (1.114 km de Cuiabá), que estava praticamente abandonado pela falta de manutenção e desgaste do tempo, está sendo reformado por recuperandos e adolescentes em conflito com a lei que participam do “Projeto Urbaniza Colniza – Fábrica de Bloquetes”. Realizado pelo Ministério Público do Estado, em parceria com o Conselho da Comunidade, Cadeia Pública de Colniza, Conselho Tutelar, Defensoria Pública, Poder Judiciário e sociedade civil, o projeto está ajudando mudar a “cara” da cidade.

O mutirão está sendo realizado aos sábados, já que conta, também, com o trabalho de voluntários. As arquibancadas já foram pintadas e a pista de caminhada, ao redor do campo de futebol, começou a ser construída. Ao todo, serão feitos 300 metros de pista toda de bloquetes que são confeccionados pelos próprios recuperandos, na fábrica instalada na Secretaria de Obras do Município. Por dia, são produzidos 400 blocos, que após 24 horas de secagem estão prontos para instalação. Com esta quantia dá para fazer o calçamento de 3 metros.

“Vamos fazer vários mutirões até terminar a reforma. Neste primeiro sábado o trabalho foi muito produtivo. Além da pista de caminhada, vamos melhorar a cerca do campo de futebol e o vestuário, que está bastante danificado”, destacou o promotor de Justiça Willian Oguido Ogama, que coordena o projeto pelo Ministério Público.

De acordo com ele, o projeto tem como objetivo contribuir com a ressocialização dos recuperandos, que podem contar com a remição da pena (a cada três dias de trabalho para cada dia de pena) e dos adolescentes, no caráter pedagógico.

“Além de diminuir demandas judiciais, gera efetividade social, uma vez que a medida socioeducativa de prestação de serviço à comunidade junto à fábrica de bloquetes, normalmente é aplicada pouco tempo após a ocorrência de oitiva informal, gerando resultados positivos”, destacou o promotor.

Os recuperandos também têm trabalhado na pavimentação das ruas da cidade de Colniza, que possui poucas ruas asfaltadas. O calçamento ao redor da feira municipal está concluído. Atualmente 9 recuperandos e 4 adolescentes trabalham na fábrica instalação dos blocos.

Os materiais para fabricar os blocos, principalmente areia e cimento, são obtidos por meio de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) e acordos extrajudiciais de compensação ambiental. “O resultado do projeto tem sido tão positivo que vamos instalar na Cadeia Pública de Colniza outra pequena fábrica, também com capacidade de fazer 400 bloquetes por dia. Desta forma, vamos conseguir dobrar nossa produção e aumentar o número de ruas pavimentadas na cidade”, explica.

Segundo o diretor da cadeia Pública de Colniza, Anderson Nunes de Moreira, para participar do projeto os presos passam por uma triagem. Quem tem bom comportamento e não oferece nenhum risco à sociedade é escolhido. “Essas pessoas erraram e estão pagando pelo que fizeram, elas, porém, não são voltadas para o crime. Este é o perfil que nós analisamos. A sociedade de Colniza e nós também, vemos este projeto com bons olhos, porque, de alguma forma, eles estão recompensando a sociedade pelos prejuízos causados”. 




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