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Nacional
Sexta, 04 de julho de 2014, 18h07

Escala de turno faz motoristas e porteiros perderem jogos do Brasil


Mesmo com as facilidades criadas para que todos possam assistir aos jogos do Brasil na Copa do Mundo, algumas categorias de trabalhadores não têm essa oportunidade. É o caso, por exemplo, de motoristas e cobradores de ônibus e porteiros de prédios residenciais. No Rio de Janeiro, o número de passageiros nos ônibus está reduzido a menos da metade. Os motoristas de táxi, porém, estão satisfeitos com o faturamento nesse período. Empresas do setor de transportes liberam alguns funcionários antes dos jogos e outros antes do fim do horário de trabalho, para que parte deles consiga ver os jogos em casa com a família.

De acordo com o despachante Nivaldo Santana, da Expresso Pégaso, a empresa reduziu a frota de 18 para 12 ônibus. "Quase ninguém pega ônibus durante o jogo, vai é procurar um barzinho aqui pelo centro para assistir ao jogo", disse ele. No horário de pico à noite, tem passageiros, mas o número é pequeno", ressaltou.

Na linha que faz o trajeto Lapa-Leblon e Lapa-Copacabana, da Transporte São Silvestre, os ônibus não param durante os jogos. O despachante da empresa, Silas Henrique de Lima Vieira, disse que alguns motoristas param no meio da rua, se não tiver nenhum passageiro, para assistir ao jogo. "Os que não gostam muito de futebol continuam trabalhando normalmente. Na hora do jogo, a frota é reduzida de dez para oito ônibus em cada linha, pois, na hora do jogo, não tem muito passageiro e não há necessidade de por 100% dos carros na rua", explicou.

Quando o Brasil joga, a Auto Viação Bangu, que faz o trajeto Vila Aliança-Carioca, em dias de jogos do Brasil, põe 30% da frota na rua. "Mesmo sem passageiros, os ônibus circulam e cada motorista faz três viagens", informou o despachante Rodrigo Simões. "A gente tem folga extra, mas os motoristas que trabalham não conseguem assistir aos jogos. Eu assisto aos jogos à tarde, pois trabalho de manhã, período em que costumamos levar cerca de 200 passageiros. Hoje, carregamos em torno de 45, número bem inferior ao dos dias normais."

No Condomínio Residencial Centro Rio, na Rua dos Inválidos, os quatro porteiros de turno trabalham normalmente em dias de jogos, mas os faxineiros adiantam o serviço e são liberados um pouco antes do jogo. Um deles, Romildo Pereira, contou que só conseguiu assistir a um jogo da seleção (Brasil e México) porque trabalhou no dia das outras partidas.

"Eu estava de folga e assisti em casa. Quando estou trabalhando, não tem como. Aqui no prédio tem uns 400 apartamentos, e toda hora entra alguém, ou entra um carro, aí tenho que abrir o portão. Quando o pessoal do bar põe a televisão do lado de fora, dá para assistir a um pouquinho do jogo", disse Pereira.O motorista de táxi Morgan Brasileiro, que circulava pela região do centro, destacou que o movimento na Copa do Mundo está maior que o do carnaval. "O movimento está maravilhoso, nenhum taxista tem do quê reclamar. Se reclamar, é porque não quer trabalhar. Está bem melhor que no carnaval – tem muito turista na cidade."

Segundo ele, os turistas reclamam que os taxistas não falam inglês, assim como os funcionários de alguns hotéis. "Nem o básico as pessoas sabem falar. Eu tenho noção de inglês, porque morei em São Francisco, na Califórnia", disse Morgan.

 

ABr




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