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Nacional
Quinta, 26 de março de 2015, 10h53

Presidente da Infraero aponta desafios para fase de reestruturação durante evento em Brasília


Gustavo do Vale esteve com o ministro da SAC, Eliseu Padilha, e outras autoridades na abertura da Airport Infra Expo - Gestão de Aeroportos na manhã desta terça-feira em Brasília. Estimativa da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) aponta que América Latina pode chegar a 543 milhões de passageiros em 2025.


Depois de apontar que os próximos aeroportos a serem concedidos à iniciativa privada serão Florianópolis (SC), Salvador (BA) e Porto Alegre (RS), o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, afirmou que os aeroportos de Congonhas (SP), Santos Dumont (RJ) e Manaus (AM) não serão privatizados uma vez que garantem a subsistência fina nceira da Infraero. O posicionamento foi dado durante a abertura da Airport Infra Expo - Gestão de Aeroportos, evento que acontece até amanhã em Brasília.


Falando da ope radora aeroportuária estatal, Padilha detalhou a reestruturação pela qual passa a empresa. “A Infraero será reorganizada em três unidades, uma dedicada à prestação de serviços aos aeroportos regionais, outra à participações em complexos concedidos e, finalmente, outra para a navegação aérea”.


O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, comentou que as “concessões impactaram na Infraero, o que nos gerou o desafio da mudança da estrutura da gestão de uma empresa monopolista, que passou a viver em uma mercado concorrencial, no qual não é mais o benchmark”. Vale admitiu que a Infraero teve que se renovar sob todos os pontos de vista. “A mudança mais importante é que os aeroportos passarão a ser centros de negócios autônomos e com um superintendente com poder de decisão. Trata-se de uma mudança estrutural importante”.


Além disso, o presidente mencionou a reestruturação da empresa. “Perdemos 58% das nossas receitas e só conseguimos transferir ao setor privado cerca de 1/3 das nossas despesas, problema este que deverá ser sanado e que passa por aumento de receitas, controle de despesas e das três empresas: a Infraero Serviços, que prestará serviços aos aeroportos regionais e contará com um sócio internacional; a Infraero Participações, para lidar com os concessionários, e a Infraero Navegação Aérea, função que tem uma equação negativa do ponto de vista financeiro”. Vale terminou sua participação convidando: “Temos 60 centros de negócios à disposição daqueles que quiserem fazer negócios com a Infraero”.


Também esteve pre sente à cerimônia de abertura o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Marcelo Pacheco Guaranys, que anunciou a criação de um departamento para homogeneizar a regulação dos aeroportos no que tange aos serviços tanto de aeroportos concessionados como não concessionados.


América Latina - O diretor regional da ICAO, Franklin Hoyer, citou a importância do potencial da America Latina no setor da aviação civil e a urgência em desenvolver estratégias para evitar a limitação da capacidade dos complexos aeroportuários. “Sem restrições de capacidade a América Latina pode chegar a 543 milhões de passageiros em 2025, com a geração de 7 milhões de empregos. O Brasil pode passar dos 256 milhões de passageiros em 2025 e concentrar 45% do volume de mercado de passageiros da América Latina. Mas isto se e somente se fizermos a nossa lição de casa”, alertou Hoyer.


O diretor da Organização da Aviação Civil Internacional (IATA), Carlos Ebner, reforçou a mensagem. “Sabe-se que haverá restrições no Brasil e na Argentina, que focará uma limitação de 100 milhões de passageiros, com uma projeção de 445 milhões. Há três anos, o Brasil passava por uma das mais sérias crises de infraestrutura. As concessionárias investiram pesadamente e nós hoje levantamos a bandeira amarela quanto à saúde financeira do projeto de privatização. Para nós da IATA, se o aeroporto é privado ou público não nos interessa. Nossa preocupação é o nível de serviço oferecido às companhias aéreas e aos passageiros. Essa é a natureza da parceria que estabelecemos”.


Segundo ele, é necessário que se desenvolvam mecanismos que aumentem a eficiência e reduzam os custos. “Fundamental é evitar uma legislação que preserve os aeroportos como ilhas, que visam unicamente o lucro sem agilidade para melhorar os níveis de serviços”, disse.


A Aiport Infra Expo - Gestão de Aeroportos continua esta tarde com palestras sobre gestão de aeroportos regionais e essências e como workshop sobre controle de tráfego aéreo. Amanhã, último dia de evento, as palestras são sobre aeroportos internacionais, domésticos e de conexão e um workshop sobre recursos humanos. “Definimos o tema de Gestão de Aeroportos no Brasil porque, com as concessões e investimentos programados para os aeroportos, entendemos que é necessário discutir formas de criar uma gestão mais eficiente para que possamos aumentar o crescimento do setor”, disse a diretora executiva da Sator Eventos, idealizadora e organizadora da plataforma de eventos Airport Infra Expo. 




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