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Nacional
Sexta, 20 de novembro de 2015, 10h34

Crianças começam desde cedo discutir fim do preconceito


A influência da cultura africana na cultura brasileira foi tema de atividades durante o mês de novembro nas escolas públicas de Mato Grosso. Em Cuiabá, trabalhos foram apresentados em diversas escolas na programação do Novembro Negro. Na Escola Estadual Odorico Leocádio Rosa, em Rondonópolis, os professores preparam com antecedência o que compartilhariam com os alunos na semana da Consciência Negra.

Histórias sobre o tema e atividades lúdicas foram algumas das atividades desenvolvidas com o objetivo de estimular as crianças a refletirem sobre o tema desde cedo.

“Na verdade as pessoas pensavam que os negros não tinham serventia, mas eles são os que sempre trabalharam mais. Eles têm muita serventia, é preciso que todos reconheçam isso. Nós aprendemos muito com os negros e até adquirimos muito dos seus costumes, comida, cultura, crenças”, disse Lucas, estudante do 3º ano do Ensino Fundamental.

Para tratar do assunto, as professoras Danyelle Karoline dos Santos Lima e Maria Amélia Graciano, que atuam no 1º Ciclo de alfabetização induziram a leitura. “Menina bonita do laço de fita”, de Ana Maria Machado e “Meu Pretinho”, de Maria Cristina Furtado foram algumas obras lidas pelos alunos.

Além da interpretação, atividades foram produzidas com base no que foi lido. Entre elas, jogo de erros, exercícios em que os alunos deveriam extrair do texto as contribuições do negro na cozinha brasileira. Lembrando que acarajé, vatapá, angu, azeite de dendê estão entre eles. “Cada aluno teve a oportunidade de ler um trechinho das obras em sala de aula durante as discussões”, pontuou a professora Maria Amélia.

Ela usou a dinâmica de revezamento de leitura. No final, todos ficaram encantados com as histórias. “A leitura nos possibilita ampliar nossos pensamentos, a gente viaja na história, parece que a gente vive o que está acontecendo enquanto está lendo”, relatou Vitória, de oito anos.  




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