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Nacional
Quinta, 26 de janeiro de 2017, 17h11

Cresce número de idosos com alto risco de sofrer fraude no país, revela estudo


Estudo divulgado hoje (26) pela Serasa Experian revela que o percentual de idosos com chance de ser vítima de fraudes no país cresceu de 36,5%, no primeiro semestre de 2014, para 43,6%, no mesmo período de 2016. Dentro dessa faixa etária, o sexo masculino representa a maioria (71,6%) de vítimas em potencial, e o principal golpe cometido é o roubo de identidade para firmar negócios ou obter crédito.

A pesquisa usou como base um grupo de pessoas com alta propensão a ser vítima de fraude, conforme o banco de dados da instituição. Os dados mostram que o público entre 25 e 59 anos é o principal alvo (49,9%), à frente, inclusive, dos idosos (43,3%). No entanto, foi entre as pessoas acima de 60 anos que a prática desse tipo de crime mais cresceu. Em terceiro lugar como vítima de fraudadores está o grupo que reúne jovens de até 24 anos (4,9%).

Para o especialista em prevenção a fraudes da Serasa, Daniel Nascimento, o aumento dos crimes contra idosos se explica pelo fato de que esse é um público que tem mais dificuldade em realizar operações bancárias e se adaptar ao uso da tecnologia empregada em caixas eletrônicos. “Além disso, o homem é mais visado porque, na maior parte das fraudes com documentos, o criminoso também é do sexo masculino e precisará, em algum momento, se passar pela vítima”, disse.

Ainda de acordo com o estudo, dentro do elevado grau de risco, homens com idade entre 25 e 59 anos, renda entre R$ 850 e R$ 1.075 e residentes na região Sudeste do país são os principais alvos dos fraudadores, porque pessoas dentro dessa faixa etária estão economicamente mais ativas: “Esse perfil se encaixa no grupo que normalmente busca pequenos financiamentos para a compra de itens como eletrônicos e eletrodomésticos”.

Para Nascimento, o consumidor com menor renda também se torna vítima preferencial porque, normalmente, não pratica ou desconhece alguns procedimentos de segurança, mesmo os mais básicos. “Documentos e dados pessoais são informações que precisam de muita proteção. Ao preencher um cupom de sorteio, por exemplo, é preciso ficar atento: o estabelecimento solicitante é confiável?”, ressalta. “O consumidor não pode correr riscos de ter seus dados circulando no meio de fraudadores.”

Cuidados

Para evitar cair em fraudes, o especialista alerta que é importante nunca perder de vista documentos, cartão de crédito e folhas de cheque e recomenda que, ao sair na rua, a pessoa leve apenas documentos necessários. Outro cuidado importante é não repassar informações sobre documentos e dados pessoas por telefone, mesmo que o atendente tenha alguns dados reais da pessoa. Em casos envolvendo chamadas por telefone, a recomendação de Nascimento é buscar um telefone oficial da empresa e retornar a ligação.

Ele aconselha ainda a não pedir informações a terceiros sobre documentos ou acessos a caixa eletrônico, por exemplo, optando sempre por procurar um funcionário do local; ter cuidado na hora de fazer cópias de seus documentos, optando sempre por locais de confiança; na internet fazer compras e preencher formulários somente em sites recomendados por órgãos oficiais e fazer pesquisas sobre a reputação de lojas ou prestadoras de serviço. “Tenha preferências por sites que possuem tecnologia SSL, identificada pelo cadeado verde ao lado da URL”, orienta Nascimento.

A Serasa também recomenda cuidado especial com sites que anunciam oferta de emprego ou produtos com preços muito inferiores ao mercado; não compartilhar fotos de ticket de viagem, comprovantes de pagamento, boletins ou diplomas educacionais, pois essas informações podem ser valiosas para um fraudador aperfeiçoar um tipo específico de golpe; antes de instalar um aplicativo no celular, pesquisar se é confiável; verificar se saiu de suas contas de e-mail ou internet banking, ao usar computadores compartilhados e não responder mensagens de e-mail como: “atualize seu cadastro” ou “você ganhou um cartão de crédito no valor de R$ 1.500,00”.

Em caso de extravio, furto ou roubo de documentos e/ou cheques, Nascimento recomenda fazer um Boletim de Ocorrência (BO); limitar suas publicações em redes sociais somente para amigos; não usar redes Wi-Fi abertas, pois elas podem ajudar fraudadores a interceptar dados; além de manter atualizados os sistemas e antivírus do computador e celular. 

ABr




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