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Variedades
Segunda, 14 de julho de 2014, 18h59

Drama sobre jovens desiludidos em exibição no Imagens em Pauta


Jovem fugitivo quer apenas levar uma vida calma com a namorada, mas é convencido por companheiros a praticar uma série de crimes em “Amarga Esperança” (They Live by Night, EUA, 1948, 95 minutos), de Nicholas Ray, atração desta terça-feira (16), às 19 horas, no Cine Sesc Arsenal. A entrada é gratuita. Classificação indicativa: 16 anos. 

O filme integra programação do oitavo ano de exibições do “Imagens em Pauta”, projeto realizado pelo Sesc Mato Grosso em parceria com a Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev), Cineclube Coxiponés e Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Cada sessão é iniciada com informações sobre o filme programado. Após exibição, os participantes conversam sobre o filme e depois são convidados a tomar um gostoso cappuccino oferecido pelo Sesc Mato Grosso.

Nicholas Ray nasceu em 1911, em Galesville, no Estado de Wisconsin. Durante a adolescência, pulou de colégio em colégio, sendo expulso de vários deles.

Em 1930, foi aceito pela Universidade de Chicago. Seu espírito inquieto fez com que ele largasse a faculdade e partisse para o estudo da arquitetura, sob as asas do renomado Frank Lloyd Wright.

Os conhecimentos adquiridos nessa época foram de grande valia para que Ray, no futuro, criasse um estilo próprio como cineasta, no uso das cores, do espaço cênico e, especialmente, das potencialidades do cinemascope. Em 1932, chegou a Nova York e se apaixonou pelo teatro, onde adquiriu larga experiência técnica. Após trabalhar durante anos com artes cênicas e com rádio, estreou no cinema, em 1948, com “Amarga Esperança”.

Uma revisão de sua obra revela uma notável coerência na temática e na forma. Seus personagens são verdadeiros espelhamentos da personalidade do próprio Ray: desajustados, solitários, amargurados, errantes pela noite, que lutam contra um passado que os oprime e contra uma sensação de inadequação com a ordem estabelecida. Ray foi um dos primeiros cineastas a fugir da tradição hollywoodiana de ser um mero contador de histórias. Ao contrário, percebeu que os recursos técnicos proporcionados (luz, enquadramento e montagem) lhe permitiam expressar em imagens o que se passava no íntimo de cada personagem.

Venerado nos dias de hoje por filmes como “Johnny Guitar” e “”No Silêncio da Noite”, Ray foi cultuado primeiramente pelos cineastas da novelle vague francesa ("Nicholas Ray é o Cinema", disse Godard). É mais conhecido pelo filme “Juventude Transviada”, que definiu a imagem de James Dean. Faleceu em 1979, vencido por um câncer no pulmão e um histórico de bebidas, drogas e jogatina.

Sobre o filme
Nos anos 1930, três detentos fogem de uma prisão no Mississipi, entre eles o jovem Bowie (Farley Granger). Ele quer provar sua inocência e ter uma vida calma com a namorada (Cathy O'Donnell), mas é convencido pelos companheiros a praticar uma série de crimes e passa a ser considerado pela polícia o líder do grupo.

“Amarga Esperança” conserva um frescor de narrativa que se mantém até hoje. A história do casal já prenunciava as características da obra de Nicholas Ray: personagens desajustados, desconectados da sociedade e que carregam uma angústia na alma que nem mesmo eles sabem a verdadeira razão; o uso do claro e escuro não apenas com intuito estético, mas, sobretudo psicológico; a ambientação noturna e o alvorecer surgindo como uma espécie de salvação, etc. 




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