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Sábado, 18 de outubro de 2014, 07h44

Liu Arruda: Uma semana de homenagens e 15 de saudades


Para quem percorrer no Museu vai se atentar ao glossário cuiabanês, com as expressões mais usadas pelos “desbocados” personagens de Liu Arruda

Toda cuiabania expressa pelo saudoso ator Liu Arruda será apresentada com seus figurinos marcantes como os da “Comadre Nhara”, compadre Juca, Gladstone e a e a loira espevitada Ramona, entre fotos, vídeos, áudios, que revelam o inesquecível artista que revolucionou o teatro mato-grossense na “Exposição Liu Arruda”. A mostra será no Museu Histórico de Mato Grosso entre os dias 21 e 26 de outubro, das 9h às 19h, aos domingos das 9h às 12h. A entrada é gratuita. 

Ele buscava inspirações do cotidiano. Com Ramona, a garota loira cuiabana que fazia de tudo para estar na moda, irmã do hilário hippie Gladstone, filhos de Compadre Juca e da dama da sociedade, Nhara, que era a típica cuiabana sem papas na língua, cujo seu alvo eram os políticos do Estado e suas respectivas esposas.

No dia 24 de outubro, que marca a morte de Liu Arruda, que nos deixou aos 42 anos de idade no ano de 1999, terá um sarau especial em homenagem a ele, no “Café e Artes”, uma cafeteria que se encontra no interior do Museu Histórico de Mato Grosso.

Para quem percorrer no Museu vai se atentar ao glossário cuiabanês, com as expressões mais usadas pelos “desbocados” personagens de Liu, que na língua afiada a expressão mais comum e lembrada era “Xo cú, mierda!”, para os “simininos” e “simininas” que o irreverente Liu improvisava em suas peças ou por onde passava. Muitos comuns, além de outros dialetos quase que esquecidos como “digoreste”.

Liu Arruda é responsável por perpetuar a história dos trejeitos do povo cuiabano, eternizando para sempre, o modo peculiar da fala, da cultura e da vida social. Era o “palhaço da família”, como contam familiares.

Numa realização de Carlos Jerônimo em parceria com o Museu Histórico de Mato Grosso serão expostos 24 figurinos de Elonil de Arruda, doados pela família dele para o Museu de Imagem e Som (Misc) que por sua vez os emprestou para esta homenagem.

Serão expostos também imagens do Liu Arruda e de seus personagens, que farão composição com áudios marcantes de cada figura criada pelo comediante, contando piadas, histórias, Comadre Nhara e Gladstone cantando seus sucessos.

Também terá a exposição de obras do artista plástico Régis Gomes retratando os seus principais personagens. Serão expostos também vídeos de entrevistas de Liu Arruda, do programa de comadre Nhara na televisão, e vídeos de pessoas falando do Liu Arruda. Dentre elas tem Ivens Scaff, Flávio Ferreira, Cícero Mariano, Brasa, Enock Canavalti, Marisa Batalha, e a cantora cuiabana Vera Capilé, que tinha presença íntima na vida de Liu.

Ainda textos contando quem foi Liu Arruda, sobre sua família, do começo ao final de sua vida, de quem foi o “O Liu que passou em nossas vidas”.

TRAJETÓRIA

Cuiabano, além de ator comediante, ele era jornalista e músico. Morou na rua 24 de outubro, em Cuiabá, e seu primeiro contato com o teatro foi por meio de sua vizinha, Teresinha Domingos, que era declamadora de poesias. No Colégio São Gonçalo envolveu-se com o teatro escolar. 

 Em 1979, Liu vai para o Rio de Janeiro estudar teatro. Neste mesmo ano participa da primeira montagem da peça “Rio Abaixo, Rio Acima”, de Glória Albuês. No final da década de 80 populariza seus principais personagens: Comadre Nhara e Juca.

Nos últimos anos era colunista do Diário de Cuiabá, onde escrevia aos domingos a coluna Nhara Komenta. A última publicação foi no último dia 10 de outubro. 




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