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Quinta, 18 de dezembro de 2014, 10h21

APL da Economia Criativa é apresentado em Cuiabá


A construção do modelo do APL contou com a participação de diversos atores sociais governamentais e não governamentais, com o objetivo de buscar a valorização e expansão da cultura mato-grossense

Grupos culturais tradicionais, produtores culturais, parceiros e outros integrantes da cadeia produtiva da cultura de Mato Grosso participaram na tarde desta terça (16), na Casa Cuiabana, da apresentação do Arranjo Produtivo Local de Economia Criativa do Vale do Rio Cuiabá, contemplado pelo edital do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). A apresentação foi organizada pela Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso (SEC-MT) e pela Incubadora Mato Grosso Criativo (MT Criativo).

O objetivo é fomentar a cadeia produtiva da cultura nas cidades de Acorizal, Barão de Melgaço, Cáceres, Campo Verde, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Jangada, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Nova Brasilândia, Planalto da Serra, Poconé, Rosário Doeste, Santo Antônio do Leverger e Várzea Grande.

O projeto terá duração de dois anos (2015 a 2017), com recursos da ordem de R$ 10 milhões – via Mdic e captações –, que serão investidos primeiramente no mapeamento das demandas da cadeia produtiva e, posteriormente, na melhoria de itens como a infraestrutura, a capacitação e a circulação comercial dos produtos culturais e turísticos do Estado. Até o final de 2017, a meta é construir uma rota turístico-cultural que demonstre ao turista o que Mato Grosso tem de melhor.

O Secretário de Estado de Cultura, Fabiano Prates, destacou a importância do APL para o fomento e a preservação de manifestações culturais como o cururu e o siriri, cartões de visita do Estado. "O mais importante é fomentar estas manifestações, não deixá-las morrer. Mato Grosso fica muito feliz com este presente. E nós também, ao entregarmos a pasta de Cultura com os recursos necessários para que esse projeto aconteça".
Estiveram presentes no evento representantes das instituições governamentais e não governamentais que participaram da construção do plano de desenvolvimento do APL: as Secretarias de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (SICME); de Desenvolvimento do Turismo (SEDTUR) e de Meio Ambiente (SEMA), e de Cultura (SEC-MT), além do Instituto Cultural América e do MT Criativo.

A produtora cultural Cybele Bussiki se disse honrada em ter participado do grupo que elaborou o plano de desenvolvimento do APL. "Esta é a oportunidade de ninguém mais mexer com a história de vocês, então eu quero pedir para vocês que participem deste APL", disse ela, dirigindo-se aos grupos culturais presentes.

A presidente do Comitê Gestor do APL, Cínthia Mattos, salientou não tratar-se de uma ação de governo, mas sim de toda a sociedade, conclamando os atores sociais principais – os artistas e parceiros – para que continuem contribuindo. "Temos uma cultura pujante e belezas naturais riquíssimas, agora só falta mostrá-las. Para isso é preciso contar com a parte mais importante, que são os atores sociais. Com o APL, poderemos dinamizar estes setores e oferecer como produto final um roteiro completo a quem aqui vier. Queremos que o turista tenha condições de usufruir da Maria Izabel, da viola de cocho, dos quintais de siriri, da casa cuiabana, das belezas do Pantanal, enfim, de tudo o que o Estado tem a oferecer em termos de turismo e cultura". Cínthia é coordenadora de ações artístico-culturais da SEC-MT.

O APL

A construção do modelo do APL contou com a participação de diversos atores sociais governamentais e não governamentais, com o objetivo de buscar a valorização e expansão da cultura mato-grossense.

É fruto de um trabalho de articulação entre estas instituições e outros atores sociais do setor cultural, com o objetivo de buscar sustentabilidade para os empreendimentos e grupos culturais do Estado.

A gestão será feita por meio de uma governança, que conta com representantes da SEC-MT, SEDTUR, MT Criativo e SICME, tendo como presidente Cínthia Mattos.

O APL é composto pelos seguintes empreendimentos e instituições apoiadoras: SICME/PAB (Programa Artesanato Brasileiro), Centro Histórico Cultural Holístico (CCH); Associação Quintal; Associação Flor; Associação Morielo São Gonçalo Beira Rio, Associação de Artesãos São Gonçalo Beira Rio; Associação Cururueiro Coxipó São Francisco; Peixaria Coxipó São Geraldo Beira Rio, AMAV/ABD-MT; Cia das Artes do Brasil; Secretaria de Estado de Cultura; Federação de Cururu e Siriri; TV AL-MT; Unic Gastronomia; Ponto de Cultura; SEDRAF (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf) ), CIDES-URC; Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo (SEDTUR); Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA); Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (SETAS-MT); Nobres Vozes; APPA; Grupo Cururu e Siriri Raízes Cuiabanas; Associação Mato-grossense dos Cegos; Ponto de Cultura Instituto dos Cegos; Trade Turístico; JY Okamura Assessoria e Consultoria, Lamiré Cinema e Vídeo e Instituto Ecoss. A maioria das quais estiveram presentes à apresentação.

Expectativa

A formação de novos cururueiros e a preservação do siriri tradicional é uma das preocupações do mestre cururueiro Benedito Pinto de Moraes, coordenador do Grupo Folclórico de Cururu, Siriri e Reza Cantada do Pantanal. Composto de 19 participantes, o grupo tem faixa etária de cerca de 60 anos, o que demonstra a dificuldade de formar novos artistas. "São precisos pelo menos seis meses para se formar um novo cururueiro, sentimos a dificuldade em ter infraestrutura para repassar aos nossos jovens este conhecimento. Sem investimento, a dança tradicional, os costumes tendem a morrer. Esperamos que com este investimento, possamos crescer cada vez mais no Estado".

A preservação da cultura também é o ponto chave para o Antônio João Batista Campos de Arruda, o Tote, um dos representantes da dança do Congo. "Esta dança é a manifestação de nossos ancestrais africanos. Lutamos por sua preservação".  




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