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A imprensa feminista e a atuação do movimento foram discutidas em palestra na manhã desta quinta-feira (26), no Centro Cultural da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Câmpus de Cuiabá. A atividade integrou o Seminário Temático “Da Ditadura à Imprensa Feminista no Brasil”, organizado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher e Relações de Gênero (Nuepom), do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS).
A conferencista, Amelinha Teles, narrou sobre o percurso do feminismo e da imprensa voltada ao tema no Brasil, por meio dos veículos “Brasil Mulher” e “Nós, Mulheres”, ambos sediados em São Paulo (SP). “Naquele período, nosso movimento era articulado com o movimento sindical. Lutávamos por creche e divisão igualitária dos afazeres domésticos, por exemplo”, contou Amelinha.
Tratar de assuntos hoje cotidianos, como sexualidade e questões de gênero, era um desafio nos tempos da ditadura. “Antes de abordamos tais assuntos nas reuniões, nós mesmas estudávamos a fio, para encontrar a melhor forma de conversar”, prosseguiu. Particularmente, o “Brasil Mulher” também evidenciava as mulheres do campo – castanheiras, quebradeiras de coco e pescadoras.
Na visão de Amelinha, foram essas iniciativas levantadas nesse período que se começou a discutir temas diversos da sociedade brasileira, desde racismo até saúde (especificidades do corpo feminino), passando pelos direitos trabalhistas.
“Procurávamos trabalhar com delicadeza, solidariedade, empatia. Nos dias atuais, com o advento da tecnologia, percebo o engajamento das jovens, e principalmente, a bagagem teórica que elas têm. Por conseguinte, a conscientização se tornou bem maior. Ao mesmo tempo, precisamos lutar por uma consciência mais crítica e exercida de forma livre”, concluiu.
A programação segue durante a tarde de hoje e amanhã, com minicursos, lançamentos de livros, palestras, cultura e ato da campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”.
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