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Variedades
Domingo, 29 de novembro de 2015, 18h04

Última semana para conferir a 31ª Bienal de São Paulo


Foto: André Romeu
Bienal apresenta 49 obras de 16 artistas de diferentes partes do mundo

Esta é a última semana para visitar a 31ª Bienal de São Paulo, no Palácio da Instrução, em Cuiabá. A mostra é a mais importante exposição de arte contemporânea do país e uma das três principais do mundo. Pela primeira vez na região Centro-Oeste, apresenta-se ao público com o tema "Como (...) coisas que não existem", inserido nas 49 obras de 16 artistas de diferentes partes do mundo. Fica aberta à visitação até 06 de dezembro com a entrada gratuita.

 

Nestes 26 dias de exposição, a Bienal de São Paulo recebeu públicos de diferentes interesses, idades e perfis. Entre os visitantes, escolas públicas e privadas de Ensino Fundamental, Médio e Superior. Instituições e grupos de Cuiabá, Várzea Grande, Alta Floresta, Chapada dos Guimarães, Primavera do Leste, Jangada, Barra do Bugres, Sinop e Cáceres, além de jovens do Sistema Socioeducativo, passarão pela mostra até 06 de dezembro.

O tema "Como (...) coisas que não existem" busca estimular uma reflexão sobre diferentes questões, como religião, sexualidade, violência, meio ambiente, política e arte. E embora a interpretação seja subjetiva e a provocação implícita, algumas obras despertam diretamente para o que se propõe. É o caso do vídeo Ymá Nhandehetama, que sensibilizou estudantes do 6º e 7º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Leônidas Antero de Matos, de Cuiabá. Sorrayla e Oliveira Reis tem 13 anos e pela primeira vez visitou uma exposição de arte. “Achei tudo muito criativo. Antes pensava que nem era tão importante, mas aqui vi que tem coisas que fazem parte da vida da gente, como o vídeo do índio que fala como eles são invisíveis”.

 

Já Layza Maria Moura, 12 anos, se impressionou com as telas de Vivian Suter, artista que vive na Guatemala em meio à natureza e deixa a obra sofrer a interferência do ambiente. “Gostei e aprendi, mas não tenho palavras para explicar”. E mesmo tímida, sem saber como argumentar, ela disse que as telas transformadas pela natureza foi que mais chamou sua atenção. E ponderou sobre o método da artista, que, ao deixar as obras vulneráveis, ela nos faz pensar em como o meio ambiente interfere nas nossas vidas.

 

Após as visitas das escolas na Bienal, os temas são levados para sala de aula. A professora de geografia Yeda Domingues explica que, no caso dela, pretende levantar um debate sobre a relação do homem com os impactos ambientais. “A foto de Altamira, por exemplo. Uma cidade no meio da floresta amazônica e as pessoas vivendo amontoadas em casas populares. Cabe um questionamento sobre o que está errado. Nós vivemos na floresta, mas derrubamos as árvores. Então, eles precisam pensar se esse é o planeta que querem. E se não querem, como contribuir para mudar isso?”.

 

Gabriel Vinícius Higino de Siqueira, 16 anos, jovem aprendiz do Centro Integração Empresa-Escola (CIEE) e visitante da Bienal. Quando chegou na mostra, já imaginou que veria surrealismo. “Esse tema, fiquei instigado. Foi a primeira coisa que quis saber. Achei que seria tudo fora da realidade, mas depois vi que tem muito da essência do ser humano, questões políticas e ambientais”. A instrutora Nancy do Espírito Santo, que acompanhava o grupo, conta que em grande parte são adolescentes em situação de vulnerabilidade e a proposta foi proporcionar uma vivência com a arte. “Muitos nunca estiveram num museu, e queríamos que vivenciassem essa experiência. Vamos trabalhar a visita com eles, promover um debate sobre os sentimentos em relação à mostra, o que aprenderam”.

 

A 31ª Bienal de São Paulo – Obras selecionadas é uma realização do Ministério da Cultura, Governo de Mato Grosso por meio da Secretaria de Estado de Cultura, Bienal São Paulo e Itaú. É composta pelos seguintes projetos: 10.000 anos de arte popular nórdica, de Asger Jorn; É apenas o vértice do mundo interior, de Agnieszka Piksa; Casa de Caboclo, de Arthur Scovino; Ponto de encontro, de Bruno Pacheco; Vila Maria, de Danica Dakic; Não é sobre sapatos, de Gabriel Mascaro; Violência, de Juan Carlos Romero; Não-ideias, de Marta Neves; Handira, de Teresa Lanceta; Cartas ao leitor (1864, 1877, 1916, 1923), de Walid Raad; A leitora de café, de Michael Kessus Gedalyovich; A última aventura, de Romy Pocztaruk; Série Negra/Cabine telefônica aberta, de Nilbar Güres; Nosso Lar, Brasília, de Jonas Staal; Sem título, de Vivian Suter e Ymá Nhandehetama, de Armando Queiroz com Almires Martins e Marcelo Rodrigues.

 

Serviço

 

Para as visitas em grupos, como escolas e instituições, o agendamento pode ser feito pelo email 31bienalmt@secel.mt.gov.br. Os horários de visitação são de terça a sexta, das 8h às 20h, sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h. A entrada é gratuita. O Palácio da Instrução fica na rua Antônio Maria, 251, centro de Cuiabá. 




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