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Variedades
Segunda, 30 de novembro de 2015, 14h18

Aulas-espetáculo, palestra e roda de conversa movimentam seminário


O evento ocorre integrado ao VI Festival da Amazônia Mato-Grossense, que segue até a terça-feira (1), em Alta Floresta.

A preparação do ator para performance, o processo criativo e troca de vivências sobre o teatro realizado em grupo são temas que movimentam o terceiro dia do Seminário Internacional Núcleo de Pesquisas Teatrais - Encontros Possíveis. O evento ocorre integrado ao VI Festival da Amazônia Mato-Grossense, que segue até a terça-feira (1), em Alta Floresta. O Festival faz parte do Circuito de Festivais de Teatro de Mato Grosso da Secretaria de Estado de Cultura (SEC).

As atividades têm início pela manhã, com a oficina de Kalarippayattu, ministrada pelo mestre Sankar Lal Sivasankaram Nair (Studio Kalari – Polônia/Índia), e aborda a utilização do Kalari na preparação do ator.

Na sequência, haverá palestra com um dos grandes nomes do teatro contemporâneo internacional, o italiano, Eugenio Barba, radicado na cidade de Holstebro, na Dinamarca. Lá, ele fomentou a arte teatral, tal qual o empenho da realizadora do Encontros Possíveis, a Cia Pessoal de Teatro, em solo mato-grossense. Barba escreveu um novo capítulo da história do teatro, a partir de uma pequena cidade de um país que não é centro cultural da Europa. Fundador do Odin Teatret, mantém um intercâmbio muito profícuo com o Brasil e a América Latina desde a década de 1970. Eugenio participa pela segunda vez do Encontros Possíveis e nesta ocasião, ministra palestra das 15 às 18 horas.

Aula-espetáculo

Metodologias para criação de espetáculos pautam as outras duas atividades que seguem na programação desta segunda-feira. Os atores da Cia Mundu Rodá, realizam uma aula-espetáculo em que a tradição popular brasileira serve de inspiração no processo criativo.

De acordo com um dos fundadores da companhia, Alício Amaral, eles apostam neste tipo de apresentação há dez anos. “Para sugerir propostas na idealização de espetáculo, optamos por um viés pedagógico, indo além da pesquisa e criação. Trata-se da demonstração de um caminho que a gente revela como é o nosso jeito de trabalhar o material bruto e como a gente transforma isso em material de criação e claro, como isso é utilizado nas cenas”, explica o multiartista, que atua ao lado de Juliana Pardo na coordenação da Cia Mundu Rodá.

É característica do grupo, lançar um olhar para as tradições brasileiras, para a antropologia teatral. “Este é o nosso perfil, é o que a Cia Mundu Rodá incorporou às suas produções. A tradição popular é uma fonte riquíssima e proporciona uma intersecção de linguagens muito explorada por nós. Uma formação diferenciada em que utilizamos a música e a dança, mas sempre trabalhando para o teatro”, destaca.

“Improvisar versos, apostar em máscaras. São tantas técnicas que utilizamos. Nesta demonstração de trabalho revelamos os caminhos para percorrer entre inúmeras linguagens e formas, para de forma bem harmoniosa, construirmos o trabalho contemporâneo”.

Logo, às 20 horas, também no Espaço Cultural TEAF – realizador do Festival da Amazônia Mato-Grossense, é realçada a experiência do teatro fora do país. Julia Varley, parceira de Eugenio Barba no Odin Teatret, participa com “O irmão morto”.

Trata-se de uma explanação sobre como os espetáculos do Odin Teatret são criados, descrevendo cada um dos estágios, do início – partindo de um texto poético – até se tornar “poesia no espaço”, ou seja, o espetáculo.As fases de interação entre atores, texto e diretor, além de mostrar como o ator cria sua presença cênica são temas abordados. Julia fala também sobre a síntese final em que o texto, por meio da forma e precisão das ações, adquire ritmo e densidade de significado.Encerrando as atividades do dia, uma roda de conversa entre Eugenio Barba e Marcelo Bones sobre o teatro realizado em grupo geram expectativa aos participantes. Bones é consultor e programador de festivais de teatro no Brasil e diretor executivo da Platô – Plataforma de Internacionalização do Teatro MG.

Vale ressaltar, o Encontros Possíveis nasceu em 2009 a partir da inciativa da Cia. Pessoal de Teatro a fim de criar uma ferramenta de formação e fruição em teatro contemporâneo em Cuiabá, além de ações de internacionalização do cenário das artes cênicas de Mato Grosso. A Cia Pessoal é composta pelas diretoras, atrizes e pesquisadoras, Juliana Capilé, Tatiana Horevitch e Daniela Leite. São parceiros nesta edição, o Itaú Rumos Cultural – por meio do programa Rumos –, a Secretaria de Estado de Cultura e com colaboração do Teatro Experimental de Alta Floresta (TEAF). O evento é gratuito. 




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