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Segunda, 08 de fevereiro de 2016, 10h59

Análise: Beija-Flor reina em noite de desfiles frios na Sapucaí


Foto: Marcio Cassol

Se não fosse pela Beija-Flor, a Marquês de Sapucaí teria presenciado uma de suas noites mais fracas de desfiles desde que foi inaugurada. Porém, coube à atual campeã do Carnaval mostrar que vai brigar pelo bi ao homenagear justamente o mineiro que dá o nome à Passarela do Samba.

A escola de Nilópolis, que venceu 11 de seus 13 títulos no sambódromo e é a maior vencedora da avenida, contou a história do Marquês de Sapucaí e empolgou o público. Foi um desfile leve da agremiação, que nos últimos anos era criticada por não conseguir ganhar a simpatia do público. Neguinho da Beija-Flor, completando 40 anos de desfiles pela escola, comandou com maestria o andamento do bom samba-enredo.

Um degrau abaixo da Beija-Flor ficou a Unidos da Tijuca. A agremiação da Zona Norte não cometeu erros, mas tampouco empolgou os torcedores ao falar sobre a cidade de Sorriso-MT e exaltar a terra e o solo. Foi uma apresentação extremamente técnica, mas sem a esperada animação da escola.

A Mocidade, de quem se esperava muito, deixou escapar por conta de erros em suas alegorias a chance de voltar a figurar entre as favoritas. Se por um lado surpreendeu com o tom crítico do desfile que falava de Dom Quixote – houve pesadas críticas à corrupção na Petrobras -, por outro decepcionou com os inúmeros problemas de acabamento nos gigantescos carros alegóricos.

As alegorias foram o ponto forte da Grande Rio, que foi outra escola a não empolgar. A tricolor de Duque de Caxias falou sobre a cidade de Santos e se complicou na apresentação do enredo, que ficou confuso. O mesmo quesito comprometeu o desfile da União da Ilha, que falou sobre a Rio 2016, levou dezenas de atletas e não encantou.

Antes delas, quem abriu a noite foi a Estácio de Sá, que retornou à elite após nove anos fora e falou sobre a fé em São Jorge. Foi um desfile agradável, mas com muitos erros de acabamentos e evolução. A escola lutará apenas pela sua permanência no Grupo Especial. 

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