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Segunda, 18 de abril de 2016, 07h10

Investigador cumpre promessa e doa parte do salário para AACC-MT


Lembrar com o que foi gasto o primeiro salário pode ser uma tarefa difícil para muitas pessoas. Mas esse não é o caso do investigador de polícia Paulo Henrique Almeida, 33 anos. Para ele a lembrança vai se eternizar com o sentimento de gratidão à própria história de vida.

Na quinta-feira (14), o policial finalmente conseguiu cumprir promessa feita há cinco anos destinando parte do primeiro salário como servidor público à Associação de Amigos da Criança com Câncer (AACC-MT).

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O ato de generosidade é também um encontro com o próprio passado, já que assim como as crianças que frequentam à instituição ele próprio precisou lutar por anos contra um tipo de câncer raro dos 7 aos 9 anos de idade, com acompanhamento por toda a adolescência.

Era uma época em que exames disponíveis em Cuiabá eram apenas do tipo raio-x, o que fez com que o diagnóstico do Linfoma de Burkitt precisasse ser feito em São Paulo, assim como a maior parte do seu tratamento que incluiu cirurgia e diversas sessões de quimioterapia. “Foram tempos difíceis, muitos gastos, nós ficamos morando de favor na cidade. Além disso é muito complicado para uma criança ter que lidar com tantas dores e toda a demanda do tratamento de uma doença tão difícil”.

O câncer é um assunto cotidiano na vida do policial. “Minha mãe faz sessões de quimioterapia a cada 28 dias. Ela foi diagnosticada com câncer de pulmão há seis anos, não está sendo fácil, mas ela enfrenta com muita fé e bom humor. Está sob controle, graças a Deus. Meu pai tem uma válvula mecânica no coração, faz controle rígido e está sendo cogitado colocar um marca-passo a qualquer hora. Não é fácil. Nunca é fácil. O câncer me marcou para o resto da vida. Prova disso é a cicatriz que carrego no corpo e na alma, mas estou vivo, bem, seguindo adiante e podendo ajudar outras pessoas”.

Paulo é formado em Administração e trabalhava como bancário antes de prestar o último concurso da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso. “Sempre admirei o trabalho policial. Era um sonho a ser realizado e sinto que Deus me presenteou com a PJC, é uma missão apaixonante. Estou muito feliz em uma fase de realização pessoal e pronto para servir a sociedade”, afirma o aluno que tomou posse no cargo de investigador no dia 19 de fevereiro junto a outros 458 investigadores e 37 escrivães e está cursando a reta final do Curso de Formação da Academia de Polícia (Acadepol).




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