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Cinco anos após uma das maiores tragédias climáticas ter afetado Nova Friburgo, o município se prepara para receber, neste sábado (30), um dos maiores símbolos de esperança, união e paz: a Tocha Olímpica.
Em 2011, as fortes chuvas prejudicaram um dos espaços turísticos do município, o teleférico. E é nele que o empresário Gilberto Saber conduzirá a chama olímpica. Durante a tragédia, Saber perdeu a empresa e, pouco a pouco, assim como a cidade, conseguiu reerguer o patrimônio. "O maior legado dessa passagem vai ser mostrar para o Brasil e para o mundo a recuperação de Friburgo. Estou emocionado", diz
Saber é neto de imigrante libanês, colônia que reúne muitas famílias, no município. Além de empresário, o neto de libaneses promove a cultura. Neste mês, por exemplo, inaugura uma mostra de fotografia sobre a imigração com imagens que datam de 1890.
Mas a colônia libanesa não é a única do município. O presidente da Associação das Colônias de Nova Friburgo, Alex Quintá Blanco, explica que Nova Friburgo foi fundada por dez países e regiões: Espanha, Alemanha, Suíça, Áustria, região Panafricana, Itália, Líbano, Hungria, Portugal e Japão. "A fundação de Nova Friburgo se aproxima ao significado da tocha porque o município contempla diferentes nacionalidades que convivem e se desenvolvem em harmonia e paz", conta Alex. "A vinda da tocha simboliza que o mundo pode conviver em harmonia e paz. Nova Friburgo tem isso", orgulha-se.
Além de Nova Friburgo, a tocha olímpica passa, no sábado (30) por Teresópolis, Guapimirim e Cachoeiras de Macacu. No domingo (31), é a vez de Cordeiro, Itacoara, São Fidélis, Campos do Goytacazes, Conceição de Macabu e Macaé.
O MinC e a tocha
O percurso da tocha abre espaço para a exibição das mais diversas expressões culturais do país ao mundo. Atento a essa oportunidade, o Ministério da Cultura (MinC) realizou convênio com prefeituras de capitais do Brasil para apoiar atividades de promoção cultural durante a passagem da Tocha Olímpica.
O projeto Celebrações nas Cidades do Revezamento da Tocha Olímpica destinou de R$ 192 mil a R$ 250 mil para 15 capitais, das cinco regiões brasileiras, organizarem eventos que devem, preferencialmente, ser realizados em espaços públicos de grande circulação. As atividades ainda deviam divulgar a cultura, a arte e a gastronomia locais.
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