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Variedades
Domingo, 19 de junho de 2011, 17h25

Crustáceo de dez patas ganha código de barra


Estima-se que existam mais de 17 mil espécies de crustáceos com dez patas, ou decápodes, entre eles os camarões, siris, lagostas, ermitões e caranguejos. Desse grupo, calcula-se que há mais de 600 ocorrentes na costa brasileira. Para o litoral de São Paulo, são conhecidas somente cerca de 350 espécies.

Com o objetivo de aumentar o inventário no litoral paulista, começou no início de 2011 o Projeto Temático “Crustáceos decápodes: multidisciplinaridade na caracterização da biodiversidade marinha do Estado de São Paulo”, realizado no âmbito do Programa BIOTA-FAPESP.

“Nos próximos cinco anos, esperamos aumentar em cerca de 20% o número de espécies conhecidas de decápodes”, disse o coordenador do projeto, Fernando Luis Medina Mantelatto, professor titular do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP).

A semente do projeto surgiu em 2001 quando Mantelatto fez um pós-doutorado em filogenia molecular nos Estados Unidos. A partir daí veio a ideia de aplicar esse conhecimento na solução de problemas taxonômicos entre os crustáceos decápodes, seu foco de estudo.

O segundo passo foi dado com a criação do Laboratório de Bioecologia e Sistemática de Crustáceos da USP em Ribeirão Preto. Tanto o pós-doutorado como o laboratório receberam apoio da FAPESP.

Foi preciso ainda outros dois impulsos importantes, o aprimoramento da biologia molecular e o advento da técnica de código de barras do DNA, ou DNA barcoding.

Depois, foi uma questão de unir esses elementos em torno de um objetivo relevante: conhecer a fauna de crustáceos decápodes que habitam o litoral de São Paulo e mapeá-los geneticamente.

“Há muitas espécies com relevância taxonômica e papel-chave na evolução de alguns grupos, além de outras com grande importância comercial, como os camarões branco, rosa e sete barbas”, disse Mantelatto.

Somente na primeira expedição, os pesquisadores detectaram diferenças populacionais marcantes nessas espécies em relação às áreas de ocorrência no litoral paulista, além de cinco espécies de decápodes ainda não registradas.

“Essa grande biodiversidade do litoral paulista se deve ao fato de se tratar de uma zona de transição faunística com representantes de águas tropicais e águas frias”, disse.




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