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Segunda, 26 de janeiro de 2015, 09h09

Pesquisa de solos originou-se do Serviço de Fiscalização da Manteiga


Pesquisa de solos veio da manteiga

Tijolos da época do Brasil Colonial colados com um tipo de massa feita com óleo de baleia e deliciosas histórias da ciência em plena Zona Sul do Rio. Ao lado do Jardim Botânico, foi inaugurado hoje na Embrapa Solos o Circuito Histórico de Visitação, que tem como objetivo levar o visitante a uma viagem ao passado da ciência agronômica, desde os tempos do surgimento do Instituto de Química, em 1918, fundado a partir do Serviço de Fiscalização e Defesa da Manteiga, que funcionava no Centro do Rio. "Na época da Segunda Guerra Mundial, o Brasil importava manteiga industrial e esse laboratório encarregava-se de analisar o laticínio que chegava ao Brasil", relata Ricardo Arcanjo, bibliotecário e empregado da Embrapa Solos. Segundo a lei 3.454, de 06/01/1918, "Ao Instituto de Química, criado pela presente lei, caberão não só as funções do atual serviço de Fiscalização da Manteiga (...) mas também a fiscalização de adubos, inseticidas e fungicidas (...), o estudo de forragens e análises que interessem à agricultura e à pecuária". Originava-se aí a pesquisa agropecuária no Estado, em 1918.

O Instituto de Química Agrícola ocupou o espaço até 1962. Na sequência, funcionou no local a Divisão de Pedologia e Fertilidade do Solo (1962 até 1975), quando surgiu a Embrapa Solos. Nesse período, visitaram o local os presidentes Getúlio Vargas, Epitácio Pessoa e a cientista Marie Curie, primeira mulher a receber dois prêmios Nobel, de Química e Física, por suas pesquisas em radioatividade.

Também faz parte do circuito uma parede com os tijolos originais do prédio, com as inscrições "Rio", "Santa Cruz" e uma cruz, semelhante à cruz de malta (símbolo do reino de Portugal e do Império no Brasil). Na verdade, trata-se da Cruz Pátea, que é uma das variações da Cruz da Ordem de Cristo, encontrados em sítios históricos em Ouro Preto (MG).

Esse fato corrobora estudos dos pesquisadores do Jardim Botânico Begonha Bediaga e Renato Pizarro Drummond que, no artigo Cronologia Jardim Botânico do Rio de Janeiro, dizem que em 1875 já funcionava, na área da da Embrapa Solos, o Laboratório de Química do Jardim Botânico. "Vale lembrar que nossa casa ganhou a cara atual em 1918, quando passou por reforma e se tornou o Instituto de Química Agrícola", diz historiadora da Embrapa Solos, Regina Laforet.

A visitação é gratuita e está aberta ao público de segunda a sexta, das 8h às 17h. A marcação das visitas podem ser feitas pelo telefone (21) 2179 4578 ou pelo email cnps.eventos@embrapa.br. 




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