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Terça, 10 de fevereiro de 2015, 18h16

No Centro-Oeste, 53% da população não usou preservativo com parceiros casuais


Os dados são da mais recente Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), realizada em 2013, que traz um panorama do comportamento sexual do brasileiro

Apesar de reconhecerem que o uso do preservativo é a melhor forma de prevenção às DST e aids, muitos brasileiros adotam comportamento de risco. Essa é a conclusão da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), realizada pelo Ministério da Saúde, em 2013. Na região Centro-Oeste, 97% das pessoas sabem da importância do preservativo, no entanto, 53%, da população sexualmente ativa da região, não fez uso da camisinha em todas suas relações sexuais, com parceiros casuais no último ano.

Os dados regionais comparativos de uso de camisinha com as PCAPs anteriores mostram que o uso do preservativo na última relação sexual, nos últimos 12 meses, apresentou pequena queda - 67% (em 2004) 60% em 2008, 64% em 2013 - apesar das constantes campanhas de estímulo ao seu uso durante todos esses anos. Além disso, houve um crescimento significativo de pessoas que relataram ter tido mais de 10 parceiros sexuais na vida. Esse percentual subiu de 23%, em 2004, para 27% em 2008, e chegou aos atuais 31% no ano de 2013.

"Esses dados demonstram um esgotamento das estratégias tradicionais de prevenção focadas apenas nos preservativos. A campanha de Carnaval deste ano com o slogan Partiu Teste - focada na prevenção combinada de camisinha, testagem e tratamento - é uma resposta a essa nova realidade", explicou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

BRASIL – Segundo a PCAP, a maioria dos brasileiros (94%) sabe que a camisinha é melhor forma de prevenção às DST e aids. Mesmo assim, 45% da população sexualmente ativa do país não usou preservativo nas relações sexuais casuais nos últimos 12 meses. Realizada em 2013, a pesquisa entrevistou 12 mil pessoas na faixa etária de 15 a 64 anos, por amostra representativa da população brasileira.

Os dados comparativos com pesquisas anteriores mostram que o uso do preservativo em todas as relações sexuais, ocorrida nos últimos 12 meses, se manteve praticamente estável: 52% em 2004; 47% em 2008 e 55% em 2013, apesar das constantes campanhas de estímulo ao uso do preservativo durante todos esses anos. Além disso, houve um crescimento significativo de pessoas que relataram ter tido mais de 10 parceiros sexuais na vida. Esse percentual subiu de 19%, em 2004, para 26% em 2008, chegando a 44% no ano de 2013.

CAMPANHA - Pela primeira vez, a estratégia prevê a extensão da campanha, além do Carnaval, com adaptações, para festas populares, como São João e outros eventos, em todo o país, durante todo o resto do ano. A mensagem geral da campanha é informar o jovem para se prevenir contra o vírus da aids, usar camisinha, fazer o teste e, se der positivo, começar logo o tratamento, reforçando o conceito "camisinha + teste + medicamento" de prevenção combinada. 

Serão cerca de 129 mil cartazes em quatro versões - segmentados para a população jovem, travesti e jovem gay - um spot de rádio, 315 mil  folders explicativos da prevenção combinada e um vídeo para TV. Os materiais reforçam o slogan final usando a gíria "# partiu teste", linguagem típica desta faixa etária prioritária.

PROTOCOLO - Em dezembro 2013, o Ministério da Saúde implantou o novo Protocolo de Tratamento para Adultos, que possibilitou o acesso aos antirretrovirais a todas as pessoas com o vírus da aids. Atualmente, são cerca de 400 mil pessoas em tratamento com 22 medicamentos antirretrovirais distribuídos pelo SUS. Paralelo às campanhas de incentivo ao sexo seguro - que continuam sendo desenvolvidas pelo Governo Federal, em parceria com estados e municípios - o Brasil tem adotado outras estratégias de prevenção como a ampliação da testagem do HIV. Em 2014, foram distribuídos 6,4 milhões de testes rápidos para o HIV, número 26% superior aos 4,7 milhões distribuídos  em 2013. Das cerca de 734 mil pessoas que vivem com HIV e aids no Brasil atualmente, cerca de 150 mil não sabem.

A ampliação da assistência às pessoas com HIV e aids e o incentivo  ao diagnóstico precoce do HIV fazem parte das estratégias do Ministério da Saúde no cumprimento da meta "90-90-90", que corresponde a 90% de pessoas testadas, 90% tratadas e 90% com carga viral indetectável até 2020. As metas foram estabelecidas pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS).

BRASIL/CENTRO-OESTE - Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de aids no país. Na região Centro-Oeste, foram 4.903 casos no mesmo período. A epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil casos de aids novos ao ano. Na região Centro-Oeste são 20,3 casos, a cada 100 mil habitantes. O coeficiente de mortalidade por aids caiu 13% nos últimos 10 anos, passando de 6,1 óbitos por 100 mil habitantes em 2004, para 5,7 em 2013. No Centro-Oeste, o coeficiente atual de mortalidade é de 4,4 casos por 100 mil habitantes. 




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