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Sexta, 30 de setembro de 2016, 15h47

Controle de espécies exóticas protege ninhos em Abrolhos


Uma parceria entre o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos e o Centro Nacional de Pesquisa Para Conservação das Aves Silvestres (Cemave) desenvolve ações para controle e erradicação de espécies exóticas no arquipélago.

O foco das atividades é o combate aos ratos. O controle inclui medidas para redução da oferta de alimento e abrigo, por meio do manejo de espécies da flora (coqueiro e castanheira, por exemplo). As ações auxiliam a recuperação da qualidade ambiental das ilhas e evitam novas infestações.

Entre fevereiro e setembro de 2016, foram feitas cinco expedições nas ilhas de Siriba, Sueste e Santa Bárbara para controlar essas espécies.

Ninhos protegidos

O manejo de espécies exóticas cumpre, ainda, o papel de proteger sítios reprodutivos das aves do arquipélago, constantemente afetados pela presença dos roedores. Sete espécies de aves marinhas utilizam as ilhas de Abrolhos para reprodução.

Entre elas, destaca-se o rabo-de-palha-do-bico-vermelho (Phaethon aethereus), que está ameaçado de extinção. De 2011 a 2016, foram cadastradas no arquipélago 630 cavidades utilizadas pela espécie para construção de ninhos.

Segundo Cesar Musso, coordenador de atividades da Associação Vilha-Velhense de Proteção Ambiental (Avidepa) – entidade sem fins lucrativos que monitora e protege sítios reprodutivos de aves marinhas no litoral do Espírito Santo e sul da Bahia – as ações de monitoramento constataram que o desaparecimento dos ovos do rabo-de-palha-do-bico-vermelho estava alcançando níveis alarmantes e crescentes.

“Em Abrolhos, a reprodução do rabo-de-palha-do-bico-vermelho e do rabo-de-palha-do-bico-laranja já era prejudicada mesmo antes da criação do Parque Nacional, especialmente pela presença e proliferação de ratos”, ressalta o coordenador.

Ainda segundo Musso, as atividades seguem orientação do Manual de Controle de Roedores, publicado pelo Ministério da Saúde, com a instalação monitorada de iscas em tubos de PVC, presas por arames de cobre.

Para que o combate aos ratos seja eficiente, as expedições ocorrem com intervalos de, no máximo, 45 dias. Paralelamente ao controle dos roedores, é feito o acompanhamento dos ninhos do rabo-de-palha, a fim de avaliar os reflexos do combate ao rato no sucesso reprodutivo das aves.

Durante a última expedição, realizada entre 27 de agosto a 5 de setembro, além do combate aos ratos, foram capturadas e destinadas ao continente cerca de 50 galinhas domésticas presentes na ilha de Santa Bárbara, de forma a evitar potencial transmissão de doenças próprias das aves domésticas às aves marinhas.

Entre as próximas ações previstas, destaca-se o controle e erradicação do rebanho de caprinos da ilha de Santa Bárbara.

Clique aqui e saiba mais sobre espécies exóticas. 




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