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Terça, 06 de dezembro de 2016, 22h59

Várzea Grande sedia 1º Encontro Estadual da Rede de Cuidados sobre DSTs/Aids


A Organização Mundial da Saúde lançou novo protocolo para tratamento das pessoas vivendo com HIV/AIDS que define que elas sejam tratadas com terapia antirretroviral assim que diagnosticadas, independentemente de sua carga viral. A medida já é praticada desde dezembro de 2013 pelo Brasil, que adotou o “Testar e Tratar” como política de tratamento. Com a edição do novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas, é que o Município de Várzea Grande sedia o "I Encontro Estadual da rede de cuidados da Pessoa vivendo com HIV/AIDS (PVHA), das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e Hepatites Virais do Estado de Mato Grosso".

O evento realizado pela Secretaria de Saúde de Várzea Grande em parceria com a Secretaria de Saúde de Cuiabá visa atualizar os profissionais sobre os novos procedimentos para o tratamento dessas doenças e adotar estratégias para cumprir as metas preconizadas pelo Ministério da Saúde. O encontro é realizado no Centro Universitário de Várzea Grande - Univag nos dias 5, 6 e 7 de dezembro.

Com o tema “Desafios da Equipe Multiprofissional de Saúde para o alcance das Metas Universais 90/90/90” o evento é realizado em parceria da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Univag. Além dos profissionais da saúde dos três níveis de atenção das duas cidades e das 14 unidades de Serviço de Assistência Especializada e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE-CTA) existentes em Mato Grosso participam do encontro também acadêmicos da saúde, pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA), representantes de ONGs, da sociedade civil organizada e ativistas.

 

A programação é composta por palestras, minicursos para atualizações de técnicas, mesas redondas, grupos de trabalho, exposição de trabalhos científicos e uma conferência magna sobre as metas universais 90/90/90 e a cura para a AIDS até 2030.

As metas propostas pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) na Declaração de Paris em dezembro de 2014 preveem que, até 2020, 90% das pessoas vivendo com HIV estejam diagnosticadas (testadas); que destas, 90% estejam em tratamento antirretroviral; e que deste grupo, 90% tenha carga viral indetectável, mantendo-se saudáveis e reduzindo o seu risco de transmissão do HIV. O objetivo é por fim na epidemia de AIDS até 2030.

A técnica Alexandra Espósito Tress, do Ministério da Saúde, ministra palestra sobre o tema na tarde desta terça-feira (06). Ela alerta que para que essas metas sejam alcançadas gestores e profissionais do SUS devem buscam aliados como a Rede de Atenção Básica, nas academias de saúde e nas ações junto a sociedade civil organizada e proponham discussões sobre o tema baseadas em três linhas de cuidados, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento.

Dados apresentados no último boletim epidemiológico de DST/HIV/AIDS revelam que, em relação à AIDS, uma das ISTs mais preocupantes, houve aumento da incidência na região Centro-Oeste, sobretudo no início da vida sexual. Várzea Grande realiza o acompanhamento e tratamento de 815 pacientes portadores do vírus no Município sendo que desse total, 72 iniciaram o tratamento neste ano.

 

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“Diante dessa realidade e da necessidade de ações educativas voltadas para prevenção de IST/HIV/AIDS, a Secretaria Municipal de Saúde vem desenvolvendo estratégias educativas por meio de capacitações, palestras, oficinas envolvendo profissionais de saúde, acadêmicos de medicina, enfermagem, saúde coletiva, professores e adolescentes de modo que se tornem agentes multiplicadores do conhecimento adquirido. A intenção neste momento é intensificar este trabalho”, explica João Paulo Alcântara Ortega, gerente do Programa Municipal de DST/AIDS e Hepatites Virais do Serviço de Assistência Especializada (SAE/CTA- VG).

Conforme João Paulo, essas iniciativas visam a conscientização e redução de danos no número de casos de IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis), HIV/AIDS bem como a adesão e o conhecimento de novas políticas do Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento da AIDS. A campanha do Dia Mundial de Luta contra a AIDS (1º de dezembro) deste ano em Várzea Grande continua discutindo as questões relacionadas à vulnerabilidade ao vírus, entre os profissionais de saúde de todas as redes de atenção a saúde, as pessoas vivendo com o vírus HIV e a população em geral.

“A intenção é de ganhar multiplicadores do trabalho realizado pelo SAE-CTA com a prevenção, o cuidado e a promoção da saúde”, pontua o gerente João Paulo ao citar as ações já realizadas no Centro de Especialidades Médicas (CEM) e no Hospital e Pronto-Socorro de Várzea Grande que incluem testagem e orientações por profissionais do SAE-CTA.

Mesas redondas - Entre as temáticas debatidas nas mesas redondas estão as ações de prevenção e linhas de cuidados nos municípios: situação da Rede de Atenção à PVHA em Mato Grosso; o profissional e o pessoal no acolhimento à diversidade sexual; conquistas ao longo do tempo e limites no manejo da PVHA: direitos e deveres x Serviço Social, o envelhecimento (aposentadoria), olhares jurídicos para o menor quanto à testagem e ao manejo; prevenção combinada: diferentes medidas de prevenção baseadas em intervenções comportamentais, biomédicas e estruturais; o primeiro acolhimento da PVHA na nova ótica do Ministério da Saúde e das metas universais 90/90/90: o desafio de alcançar a adesão ao tratamento e seguimento; inovação e estratégias na atenção à Sífilis: horizontes de atuação para a Enfermagem na Rede SUS; HIV na parturiente: o impacto diagnóstico e como atender visando a integralidade.

Hepatites – Nesta terça-feira (06) também acontece uma palestra sobre hepatites com o médico hepatologista Francisco José Dutra Souto, do Hospital Júlio Müller, um dos profissionais mais conceituados do Estado no tratamento da doença. Ele discorre sobre atualizações e tratamento das hepatites, novas terapias e sobre o medicamento via oral, uma novidade que substitui o tratamento via intravenoso (injeção). O medicamento de custo elevado é disponibilizado pelo Ministério da Saúde. “Temos pacientes em fase de alta e até cura da hepatite C. Isso para nós é muito importante porque a hepatite C que é a mais grave ataca o fígado e pode resultar em cirrose hepática”, observa João Paulo Alcântara. 




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