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Sexta, 16 de dezembro de 2016, 07h35

Diálogos PIPE reúne mais de 160 empresários na FAPESP


Empresários e pesquisadores, interessados em apresentar propostas à primeira chamada de 2017 do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), reuniram-se com a coordenação do programa para esclarecer dúvidas e informar-se sobre procedimentos que podem ajudar na elaboração do projeto a ser submetido ao programa.

O prazo de inscrição de propostas para o 1º Ciclo de Análise de Propostas do Programa para 2017 encerra em 30 de janeiro de 2017. A 20 ª edição de Diálogo sobre Apoio à Pesquisa para Inovação na Pequena Empresa, realizada em 12 de dezembro na sede da FAPESP, em parceria com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) e do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi), reuniu mais de 160 pessoas.

Em cada um desses encontros, os futuros empreendedores conhecem um exemplo de projeto bem estruturado e bem-sucedido, implementado com o apoio do PIPE. No último Diálogos de 2016 o exemplo veio da Apis Flora, empresa sediada em Ribeirão Preto especializada no desenvolvimento de produtos a partir de bioativos da biodiversidade. que teve o apoio do PIPE para cinco projetos.

Fundada em 1982, e com posição já consolidada no mercado de extratos vegetais e de derivados apícolas, a Apis Flora começou a investir no segmento de fitoterápicos e medicamentos. Em seu primeiro projeto PIPE a empresa teve como parceira a Universidade Estadual Paulista (Unesp).

“Já vínhamos trabalhando em um gel cicatrizante para o tratamento de queimaduras, quando fomos contatados por Hernane da Silva Barud, da Unesp, para juntos desenvolvermos uma membrana biológica bacteriana obtida a partir da celulose”, contou Andresa Berretta e Silva, gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Apis Flora.

Concluído em 2015, o produto gerou duas patentes, três artigos científicos e está em fase final de negociação com uma empresa do Paraná, ela adianta.

O segundo projeto apresentado pela Apis Flora ao programa PIPE propunha o desenvolvimento de um extrato de própolis com ação anticandidíase. Concluído em setembro de 2016, o novo medicamento está iniciando a fase clínica de testes no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.

“Quando apresentamos o projeto, a coordenação do PIPE nos pediu que fizéssemos uma busca nos bancos de patentes, já que os projetos aprovados não podem ter conflitos com algo já existente. O pedido de patente do produto está, no momento, em fase de redação. Tivemos que nos qualificar para isso, assim como para aprender a fazer buscas em bancos de patentes como, por exemplo, no United States Patent and Trademark Office”, ela lembrou.

A Apis Flora teve aprovados outros três projetos PIPE: de um antibiótico de origem natural, obtido por processo biotecnológico, para controle de contaminação de processos de fermentação alcoólica , sob coordenação da pesquisadora Andresa Piacezzi; de caracterização de medicamentos de base nanotecnológica para o tratamento de Leishmania, sob coordenação da pesquisadora Franciane Marquele de Oliveira, e o desenvolvimento de um medicamento nanoparticulado para o tratamento de artrite reumatoide, sob responsabilidade da pesquisadora Juliana Issa Hori.

“Com o apoio da FAPESP conseguimos montar uma estrutura laboratorial que nos permite trabalhar com tecnologia de ponta”, sublinhou Berretta e Silva.

Novos negócios

A expertise em tecnologia farmacêutica e o respaldo da infraestrutura laboratorial estimularam Berretta e Silva e outros três pesquisadores a constituir startup, batizada com o nome de Eleve Pesquisa e Desenvolvimento, incubada na Apis Flora. A Eleve vai utilizar nanotecnologia para desenvolver novos sistemas de liberação para melhorar o desempenho de fármacos com patentes já expiradas, além da prestação de serviços em ensaios de domínio do grupo.

O apoio do PIPE também foi fundamental para que a empresa pudesse aprimorar o plano de negócios dos projetos. Berretta e Silva e um grupo de 11 pequenos empresários apoiados pelo PIPE foram selecionados para participar do programa Leaders in Innovation Fellowships (LIF), oferecido pela Royal Academy of Engineering, da Inglaterra, em parceria com a FAPESP no âmbito do Newton Fund – fundo de fomento à pesquisa e inovação em países emergentes do governo do Reino Unido. “Isso sem falar na visibilidade que a FAPESP nos oferece por meio de seus veículos de comunicação”, acrescentou Berretta e Silva.

O PIPE apoia a execução de pesquisa científica e/ou tecnológica em pequenas empresas, com até 250 empregados, sediadas no Estado de São Paulo. A empresa, entretanto, não precisa estar constituída quando da apresentação da proposta. Os projetos deverão ser desenvolvidos por pesquisadores com vínculo empregatício com a empresa ou a elas associados para a sua realização.

As propostas podem ser desenvolvidas em duas etapas. A Fase 1, de demonstração da viabilidade tecnológica do produto ou processo, tem duração máxima de nove meses e recursos de até R$ 200 mil. A Fase 2, de desenvolvimento do produto ou processo inovador, tem duração máxima de 24 meses e recursos de até R$ 1 milhão, sem contrapartida.

Para mais informações sobre o PIPE acesse www.fapesp.br/pipe.

As informações sobre a chamada de propostas estão disponíveis no endereço www.fapesp.br/pipe/chamada-1-2017.

As respostas às dúvidas mais frequentes relacionadas ao programa são acessíveis em http://www.fapesp.br/pipe/faq/.  

Agência Fapesp




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