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Sábado, 25 de fevereiro de 2017, 11h07

Falando menos e teclando mais: mudança no perfil de consumo é desafio para operadoras de telefonia


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Que tal fazermos um exercício? Veja no seu celular quantas ligações você fez ao longo da semana. Agora vá nos seus aplicativos de mensagem (WhatsApp, Telegram, Messenger e etc.) e calcule, a partir das suas interações, quantas ligações você não precisou fazer – foi resolvido ali no aplicativo mesmo.

O mercado de Telecomunicações deu uma guinada nos últimos anos e muitos usuários nem repararam (mas as empresas sim).

O último relatório da Anatel apontou que a telefonia móvel viu em 2016 mais de 13,7 milhões de linhas serem canceladas, bem como a telefonia fixa, que manteve a tendência de queda registrada em outros anos, diminuindo 6,30%, menos 1,1 milhão de linhas. Por outro lado, a banda larga fixa teve 1,1 milhão de novos (crescimento de 4,33%) e no setor de dados móveis, o 4G registrou crescimento de 136,20% ano passado, com 34,6 milhões de novas linhas.

“Essa não é uma tendência isolada, está acontecendo no mundo todo. Os usuários estão migrando do pré-pago para o pós-pago, de olho principalmente nos pacotes de dados”, explica o Diretor de Políticas Públicas da Cisco Brasil, Giuseppe Marrara. A queda significativa no número de linhas no ano passado também é fruto da “limpeza” que muitas empresas fizeram na sua base de dados. “Muitas linhas que estavam inativas ou abandonadas foram desligadas. É uma prática comum das operadoras que foi intensificada em 2016, para diminuir gastos”, completa Marrara.


Com cada vez mais objetos conectados e pessoas usufruindo desses serviços, o cliente passou a enxergar a conexão com a internet como o item mais valoroso na sua conta. “Se tivesse que escolher entre ter uma boa qualidade na ligação de voz mas uma conexão instável, ou uma conexão boa mas uma ligação não tão limpa, qual escolheria? Os usuários hoje querem internet cada vez mais veloz”, afirma o diretor da Cisco.

Outro movimento do mercado empurra essa mudança: a redução no valor das ligações entre diferentes operadoras. “O cliente não tem mais a necessidade de ter um chip de cada empresa. Com o acompanhamento pelo aplicativo e com os planos pós-pagos controle, o usuário pode optar pela operadora que lhe traz a melhor experiência”, afirma o Diretor de Vendas da TIM Nordeste, Daniel Moreira.

De acordo com o executivo, a base de usuários pré-pagos sempre foi inchada – chegou a ter 125% de penetração. “O que está acontecendo agora é uma acomodação. Isso deve durar mais dois anos, mas em breve chegaremos à proporção de 1 para 1, com um uso muito mais qualificado de dados”, avalia o diretor.

 

Diretor de vendas da TIM Nordeste.

Para o Diretor regional Claro Nordeste, André Peixoto, queda no número de linhas móveis reflete o ciclo normal de desconexão do mercado e o crescente interesse pelo uso de internet no celular. “O objetivo, cada vez mais, é por qualificar a base e manter clientes que geram maior uso e receita, em vez da simples quantidade absoluta de linhas”, conta.

Isso pode ser notado não só no uso cada vez mais frequente dos aplicativos de mensagem, mas também no fato de que vários serviços – como delivery de comida ou transporte individual – não depende mais totalmente de ligações telefônicas. “Cada vez mais a tecnologia é utilizada como grande aliada na realização de tarefas profissionais e pessoais, ao contribuir na otimização do tempo, economia, entretenimento e vários outros benefícios”, afirma Peixoto.

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