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Quinta, 24 de fevereiro de 2022, 08h41

'Mineração artesanal' aumenta os impactos ambientais e sociais na Amazônia, alerta especialista


 

Imagem ilustrativa

 

Philip #Fearnside, membro de Rede de Especialistas em Conservação da Natureza e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, ressalta que o incentivo ao garimpo é muito prejudicial ao meio ambiente e às populações locais

 

O decreto que institui o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Mineração Artesanal e em Pequena Escala (Pró-Mapa), assinado na segunda-feira, 14, pelo presidente Jair Bolsonaro, deve incentivar o garimpo ilegal, aumentando os impactos ambientais e sociais na Amazônia. Essa é a opinião de Philip Fearnside, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e membro da Academia Brasileira de Ciências.

 

Embora o principal objetivo do decreto, segundo o governo federal, seja “estimular o desenvolvimento da mineração artesanal e em pequena escala" para alcançar o "desenvolvimento sustentável regional e nacional", na opinião do pesquisador o efeito pode ser devastador.

 

“A garimpagem de ouro na Amazônia é uma das principais fontes de impacto sobre povos indígenas, destruindo os cursos d’água, junto com os peixes que sustentam as populações, espalhando doenças e desestruturando os grupos tanto fisicamente, como culturalmente. O decreto pretende tornar legal esse modelo predatório”, alerta Fearnside.

 

Philip Martin Fearnsid, membro da RECN, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), membro da Academia Brasileira de Ciências e segundo cientista do mundo em citações sobre aquecimento global (Thomson-ISI).

 

Sobre a Rede de Especialistas

A Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) reúne cerca de 80 profissionais de todas as regiões do Brasil e alguns do exterior que trazem ao trabalho que desenvolvem a importância da conservação da natureza e da proteção da biodiversidade. São juristas, urbanistas, biólogos, engenheiros, ambientalistas, cientistas, professores universitários – de referência nacional e internacional – que se voluntariaram para serem porta-vozes da natureza, dando entrevistas, trazendo novas perspectivas, gerando conteúdo e enriquecendo informações de reportagens das mais diversas editorias. Criada em 2014, a Rede é uma iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Os pronunciamentos e artigos dos membros da Rede refletem exclusivamente a opinião dos respectivos autores. Acesse o Guia de Fontes em www.fundacaogrupoboticario.org.br

 




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