Antes cedo, que depois.

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A população cuiabana vem usufruindo – até de forma surpreendente – da área do Parque Mãe Bonifácia, recentemente entregue pelo Governo do estado, cujo fato – por sinal - se deu pela exigência da população que já utilizava o espaço mesmo antes da conclusão das obras. Suas trilhas, o verde e o ar têm sido convites tentadores para todos que não escolhem dia da semana para praticar uma boa caminhada, um bate-papo ou simplesmente refletir. Mas nem todos, por sinal, estariam ali com tais propósitos e para tanto é importante que haja um alerta em tempo hábil.
Conduzido ao local com o estímulo familiar, passei a observar (e especular) que a presença da Polícia Militar tem se restringido a pontos de maior aglomeração de pessoas, como na entrada principal e em uma grande área nos fundos do parque. E, o que é mais interessante: quase sempre os soldados, de bicicletas, estão em grupo, conversando e, aparentemente, desatentos ao movimento de pessoas.
Na última terça-feira, por exemplo, constatei uma cena interessante. Em uma parte da trilha, que dá acesso a uma rua paralela a Av. Filinto Muller, um grupo de menores corria pelas trilhas, jogando pedras e galhos de árvores. Mais adiante um rapaz, sem qualquer aspecto de estar ali praticando esporte, adentra à mata com uma bicicleta (tipo cross) e desaparece. À frente, um homem, de média idade, caminha sozinho, em passos apressados, deixando para trás duas mulheres. Entre uma curva e outra não havia mais ninguém naquele momento.
Parece na verdade uma crítica infundada, ou uma preocupação exagerada se não fosse o fato de minha inocente memória recobrar fatos desagradáveis que já ocorreram em outros parques, como em Londrina – PR. E, mais recentemente, em Umuarama onde uma maníaco está atemorizando as pessoas. A polícia reforçou sua atuação nos locais. Mas foi preciso que fatos desagradáveis acontecessem.
Na verdade, podemos constatar que as áreas verdes de Cuiabá não são tão bem protegidas quanto deveriam. O Campus da UFMT por exemplo, o Horto Florestal (só pra lembrar, fica ao lado do Rio Coxipó, perto da Fernando Corrêa) e o próprio Morro da Luz (no centro da cidade) são mais protegidos por Deus e a sorte de quem ali aparece, que propriamente dito pela Segurança Pública.
Se faz oportuno que a Secretaria de Segurança Pública instrua melhor os policiais militares que atuam no Mãe Bonifácia, que se coloque mais soldados (inclusive à pé) e se evite que um fato desagradável manche os propósitos desta obra (ainda não concluída) que tem sido tão importante e aproveitada pela população.
E, por quê não, criar uma guarda municipal para proporcionar tranquilidade a quem usufrua o que de bom oferece a cidade?