Energia: hospitais não recebem atenção adequada

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O temor pela falta de energia elétrica em Mato Grosso praticamente seguiu a preocupação do resto do país durante o período do apagão. O estado, entretanto, teria uma peculiaridade: boa parte dos hospitais conta com geradores de energia, devido à crise que sempre viveu Mato Grosso, porém estes não são suficientes para atender àquilo que ameaça a crise no setor.

Em levantamento feito por Plantão News os estabelecimentos localizados na região norte do estado estão mais supridos de geradores. Em Alta Floresta, por exemplo, devido aos problemas com que sempre conviveram, os hospitais se estruturam com equipamentos de médio e grande portes, como o Hospital Geral que possui um geral do 150 KWA.
Apesar da retaguarda, a direção não esconde sua preocupação. “Podemos ter danos em aparelhos que são caríssimos” diz Caio Nishikawa, gerente administrativo.

Na cidade de Cáceres o Hospital São Luiz, com 114 leitos, expressa as mesmas preocupações, completando que setores como raios-x, tomografia e parte da lavandeira seriam afetados. Para Uziel Ruas, chefe da manutenção, os danos causados aos equipamentos também preocupam.
No questionário, o sindicato quis saber quais os riscos que poderia apresentar a pacientes e funcionários a ocorrência de apagões. A maioria respondeu que o pânico e o medo seriam as principais preocupações.

Para os entrevistados, o Governo deveria definir critérios para a classe hospitalar, pois, afinal, caso ocorram danos, estes serão irreversíveis, podendo custar vidas.

A Rede/Cemat, fornecedora de energia no estado, não estabeleceu nenhum tratamento específico aos hospitais. Impôs, entretanto, contrato de demanda para consumo de energia nas unidades hospitalares. Medida que está contrariando as empresas. Há temor ainda quanto ao próximo período crítico no setor elétrico ainda este ano de 2002.