Ouvidoria vai investigar denúncias em Água Boa

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Desde 14 de março de 2001 encontra-se na ouvidoria do Conselho Estadual de Saúde denúncia em que a estrutura do Hospital e Maternidade São Francisco, de Água Boa, e o Hospital Materno Infantil de Canarana, estão sendo subaproveitados.
O São Francisco tem 48 leitos destinados ao Sistema Único de Saúde, mas o Conselho Municipal de Saúde de Água Boa tem liberado apenas 10 AIHs (Autorização de Internação Hospitalar) por mês ao hospital.
Segundo o hospital, a quantidade de AIHs é insuficiente para cobrir as despesas funcionais. O hospital tem um custo mensal muito alto com quadro pessoal e estrutura. Para ele, 10 AIH’s por mês são uma quantia ínfima, se comparada às despesas do estabelecimento.
O hospital denunciou ainda que estava havendo má administração por parte do Consórcio Regional de Saúde, cuja presidência compete ao município de Canarana, e que o hospital Regional de Água Boa, com cerca de 40 leitos, pelo volume de pacientes, não oferece aos mesmos um tratamento digno, seguro e de resolutividade.
Para a administração do hospital São Francisco, o atendimento do Hospital Regional fica comprometido, tendo em vista a quantidade de pacientes que são atendidos diariamente. Só o Hospital Regional atende os municípios de Canarana, Nova Nazaré, Ribeirão Cascalheira e a própria população de Água Boa.
Já o Hospital Materno Infantil, de Canarana, denuncia que sua unidade de saúde está sendo preterida pelo secretaria municipal de saúde de Canarana, que, de acordo com hospital, estaria levando pacientes para o Hospital Regional de Água Boa, que faz parte do Consórcio do Médio Araguaia.
De acordo coma denúncia do hospital, o encaminhamento destes pacientes, na maioria das vezes pessoas carentes, para Água Boa, é feito sem a devida triagem na unidade de saúde de Canarana. Os pacientes se submetem a uma viajem de 80 km.
O hospital denunciou ainda que a Secretaria de Saúde de Canarana tinha passado a realizar plantões de atendimento médico 24 horas na unidade do Posto de Saúde, pagando pelos serviços.
Todas estas denúncias foram encaminhadas à ouvidoria da Secretaria Estadual de Saúde, que enviou para a auditoria analisar a questão.
A auditoria da Secretaria Estadual de Saúde prometeu fazer uma visita “in loco” nos municípios para fazer um levantamento das denúncias feitas pelos dois hospitais da região.