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Política Nacional
Terça, 08 de maio de 2018, 15h42

Analistas tributários param por cumprimento de acordo salarial


Analistas tributários da Receita Federal iniciaram hoje (8) uma greve de seis dias para reivindicar o cumprimento de um acordo salarial que foi, de acordo com a categoria, acertado com o governo em março de 2016. Atividades dos analistas, incluindo o atendimento ao público, ficarão paralisadas durante os próximos três dias e também ao longo da semana que vem, de 15 a 17 de maio. Esta é a segunda mobilização dos profissionais em dois meses.

Segundo o Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita), a greve, que deve ter a adesão de 7 mil trabalhadores de todo o país, poderá afetar, já em sua primeira fase, a emissão de certidões negativas e de regularidade; a liberação de restituições e compensações de contribuintes; inscrições e alterações cadastrais; regularizações de débitos e pendências; parcelamentos de débitos; revisões de declarações e análises de processos de cobrança. O serviço de informação prestado ao público será interrompido, e respostas do Fisco a requisições de outros órgãos também ficarão pendentes durante o período da paralisação.

O Sindireceita informou que analistas lotados em portos, aeroportos e postos de fronteira descontinuarão serviços de alfândegas e inspetorias, como despachos de exportação, verificação de mercadorias, trânsito aduaneiro, embarque de suprimentos, operações especiais de vigilância e repressão e verificação física de bagagens. "Essa negociação se iniciou em 2015. Estamos há mais de três anos nessa pendenga para o governo fechar [a negociação] e estamos dependendo apenas da emissão do decreto que regulamenta o acordo salarial. Pra gente, fica evidente que a questão é toda de natureza política, pois não há nenhum óbice de natureza jurídica", afirmou o presidente do Sindireceita, Geraldo Seixas.

Gratificação por produtividade

A partir da Lei nº 13.464, sancionada no ano passado, a remuneração dos servidores das carreiras tributária e aduaneira passou por uma reestruturação, que incluiu a criação do chamado Bônus de Eficiência e Produtividade na Atividade Tributária e Aduaneira. Essa gratificação só poderá ser concedida aos analistas após a publicação de um decreto presidencial, conforme esclareceu o Sindireceita.

De acordo com a nova lei, quem deve definir as metas de rendimento dos analistas tributários é a Secretaria da Receita Federal. Se atingidas, as metas gerariam, nos meses de dezembro de 2016 e janeiro de 2017, um acréscimo de R$ 4.500 aos analistas tributários, valor que subia para R$ 7.500 no caso dos auditores fiscais. A partir de fevereiro de 2017, os valores pagos serão de R$ 1.800 e R$ 3 mil, respectivamente. A lei prevê que tanto analistas e auditores ativos como pensionistas e aposentados terão direito a receber o bônus.

"Antes, a gente recebia por subsídio, que não agregava algumas coisas. Agora, temos vencimento básico. A gente precisa do bônus e tem uma liminar autorizando a greve sem corte de ponto, porque a Justiça entende que é [uma mobilização] legal. A sociedade tem que entender que o bônus está atrelado a resultados que a Receita precisa satisfazer quanto ao atendimento ao público e à arrecadação", declarou Seixas, pontuando que tarefas relacionadas à Lava Jato não ficarão comprometidas pela greve.

Outra mudança trazida pela reestruturação nos salários dos analistas é o direito a adicionais noturnos, por insalubridade e periculosidade, que, segundo Seixas, ainda não estão sendo pagos. "Não havia previsão orçamentária para esse pagamento", explicou Seixas.

Além da regularização do pagamento dos bônus e dos adicionais, o movimento de analistas também pede uma definição do governo quanto às progressões e às promoções da categoria e ao seu regime de plantão, para melhores condições de trabalho.

Procurada pela Agência Brasil, a Receita Federal, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que o órgão não irá se pronunciar sobre a mobilização.

ABr




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