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Nacional
Quarta, 29 de dezembro de 2010, 14h43

Suzano faz investimento de R$11 bi apenas em 2010


Com mais de R$ 11 bilhões em investimentos e aquisições anunciados apenas em 2010, a Suzano Papel e Celulose mostrou que não está para brincadeiras quando se fala no crescimento dos negócios da empresa. Com o anúncio de compra da Conpacel, consórcio que reuniu os ativos da antiga Ripasa, por R$ 1,45 bilhão - com a distribuidora KSR, o negócio sobe a R$ 1,5 bilhão, consolidou-se na posição de maior fabricante integrada de papel e celulose da América Latina e fez importante avanço na direção do que será a companhia em 2024, ano em que comemora seu centenário.

Anos antes do aniversário, contudo, a Suzano espera já ter mais que dobrado o tamanho de suas operaç&otil de;es, entrado no mercado de energia renovável e firmado a marca, internacionalmente, no segmento de biotecnologia. Segundo o presidente da empresa, Antonio Maciel Neto, sem ultrapassar o limite de endividamento de 3,5 vezes medido pela relação entre dívida líquida e Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Conforme Maciel, as operações anunciadas neste ano colocaram "parte importante" do plano Suzano 2024 em andamento: compra da britânica FuturaGene, de biotecnologia, por US$ 82 milhões; confirmação de aporte de US$ 4,6 bilhões em duas fábricas de celulose que serão erguidas no Maranhão e Piauí (sem contar os investimentos em florestas); lançamento da Suzano Energia Renovável, com aplicação de US$ 1,3 bilhão até 2019; e, no encerramento do ano, a esperada aqui sição do Conpacel, no qual Dividia a sociedade com a Fibria.

Haverá mais pela frente, afirma o presidente, porém a estrutura do negócio, agora de base florestal e não apenas voltado à produção de celulose e papel, está dada. O plano, traçado ao longo de dois anos, foi desenvolvido pela companhia junto a várias consultorias, e levou a marca de um dos maiores projetos já desenvolvidos pela McKinsey & Company. "No que se refere a papel, a aquisição da fatia dos outros 50% da Conpacel estava prevista e, com isso, uma primeira etapa do plano já foi encerrada", conta o executivo. Ainda de acordo com o presidente, a Suzano vai usar o caixa para pagar o negócio, cuja liquidação está prevista para o fim de janeiro, e não terá de recorrer, ao menos no curto prazo, a operações no mercado financeiro para evi tar pressão sobre o nível de alavancagem. "O pico da alavancagem deve ocorrer em 2013, com os investimentos no Maranhão.

Mas, naquele ano, já teremos um bom Ebtida do Conpacel, o que deve compensar", afirma. "Agora, se as condições econômicas não forem boas e tivermos, eventualmente de ir a mercado, vamos fazer isso e corrigir a situação", admitiu. Na área de celulose branqueada de eucalipto, a Suzano também tem planos ousados. Em 2013 e em 2014 pretende inaugurar uma fábrica com capacidade para até 1,5 milhão de toneladas anuais no Maranhão e outra no Piauí, respectivamente.

Os prazos estão mantidos, conforme Maciel. O plano até 2024 prevê uma terceira nova fábrica e a expansão da unidade de Mucuri-BA, porém essas são pautas para o futuro. Para o projeto que será erguido em Imperatriz-MA, a empresa já contratou empréstimo de R$ 2,7 bilhões junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e aprovou a emissão de R$ 1,2 bilhão em debêntures mandatoriamente conversíveis, um instrumento ainda não utilizado no País para o financiamento dos chamados projetos "greenfield" – campo verde. Os controladores da Suzano, que detém 52% do capital total da companhia, já comprometeram a subscrever parcela proporcional dos títulos e o próprio banco, via BNDESPar, deu garantia firme de subscrição de até R$ 564 milhões.

O banco de fomento tem, hoje, cerca de 4% de participação na Suzano e pode elevar essa fatia para perto de 10% caso fique com totalidade das debêntures e minoritários não acompanhem os demais acionistas na operaç&ati lde;o. Recentemente, a companhia voltou, após 15 anos, ao mercado internacional de dívida e levantou US$ 650 milhões em notas, embora tenha encontrado demanda para US$ 3 bilhões. (Fonte: Valor Econômico – Adaptado por Painel Florestal)




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