Com limpeza terceirizada, UPA do Morada do Ouro apresenta problemas

Luvas, protetores de agulhas e esparadrapos jogados no chão.

Redação

Quem esteve na noite de sexta-feira - por volta de 23h00 - na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Saúde do bairro Morada do Ouro em Cuiabá encontrou o local com deficiência na limpeza. O cheiro do ambiente dava sinais que há um bom tempo não havia sido limpo. O serviço é terceirizado pela empresa Luppa Administradora de Serviços e Terceirização - Santa Cruz - e não havia funcionários naquele período.

Nos corredores, onde não há cestos de lixo, havia papéis no chão e o piso sujo com terra. Na sala de aplicação de medicamentos um odor forte de vômito. No chão havia luvas jogadas e o piso visivelmente sujo. Os cestos de lixo estavam cheios e contrariando as normas de saúde, um estava sem a tampa.

No banheiro de funcionários masculino (próximo da sala de exames sangue) a luz está queimada, o cesto de lixo cheio e também com cheiro forte.

Situação não diferente estava na recepção central do local onde poucas pessoas aguardavam pelo atendimento. Era visível que o local não havia sido limpo há muito tempo, inclusive os banheiros do público.
 

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Uma cena que chamou a atenção foi o fato dos dois enfermeiros da noite fazerem procedimentos - como aplicação de injeções e soros - sem o uso de luvas. Eles ainda usavam uma luva como garrote (que retém a circulação sanguínia para a aplicação de injeção) ao invés da borracha. O manuseio do telefone pessoal por parte de ambos também era permanente, entre um e outro procedimento.

A obrigatoriedade do uso de luvas nesses procedimentos é motivo de discussões, por profissionais e especialistas do meio. Contudo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deixa claro quanto a necessidade do uso das luvas, uma vez que o procedimento aponta para riscos de contato com sangue ou secreções.