BRICS devem apoiar a grande Área de Livre Comércio Africana

A proposta de uma Grande Área de Livre Comércio Africano (Grand Free Trade Area - GFTA), englobando 26 nações do continente, pode desempenhar um papel importante como impulsionador das políticas comerciais definidas no mês de abril na Cimeira BRICS, diz Miller Matola, CEO do Conselho Internacional de Marketing da África do Sul. Os planos para a criação do GFTA alcançaram avanços importantes em um encontro de cúpula organizado pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, durante o último fim de semana.

O acordo implica a criação do maior bloco de livre comércio do continente Africano para transformá-lo em um mercado único, cujo valor estimado atingiria USD 1 trilhão até 2013. Os 26 países que fazem parte do acordo estão localizados na África Austral, Central e Oriental, e possuem um PIB combinado de USD 860 bilhões e uma população combinada de 590 milhões.

"Os BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - apoiam essa possibilidade de poder interagir com um grupo único em vez de ter que lidar com os países individualmente", disse Matola. "Da mesma forma, a Grande Área de Livre Comércio que está sendo contemplada seria consideravelmente mais forte do que as suas partes individuais".

Os membros BRICS poderiam, então, realizar negócios com um único e massivo mercado em vez de 26 mercados individuais. A África do Sul seria a maior beneficiada porque é o único país que é, ao mesmo tempo, membro dos BRICS e da área de livre comércio a ser criada em breve.

De acordo com as previsões feitas pelo Matola, o GFTA, assim que for formalmente estabelecido, promoverá o crescimento do comércio e investimentos entre os mercados BRICS e a África. O Fundo Monetário Internacional permanece otimista quanto ao potencial de crescimento do continente.