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Economia
Quinta, 22 de novembro de 2012, 20h08

Presidente do BC: crise internacional diminuiu, mas crescimento continua baixo


Presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini Foto: Alexandra Martins

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse, nesta quinta-feira, a parlamentares de diversas comissões da Câmara e do Senado que a possibilidade de ocorrência de um "evento extremo" no cenário internacional diminuiu, mas que o crescimento econômico mundial continua baixo. Tombini cumpriu determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal que prevê prestações de contas periódicas do Banco Central ao Congresso Nacional.

Segundo o presidente do BC, os problemas financeiros ocasionados pela crise, que já dura cinco anos, vêm sendo substituídos por uma preocupação maior com a situação fiscal dos países. No caso dos Estados Unidos, a dúvida é o tamanho do ajuste.

"Nas contas de participantes de mercado e até das autoridades norte-americanas, poderia chegar a 5% do Produto Interno Bruto (PIB) a contração fiscal recomendada. Então, não cremos que isso ocorreria e que haverá sim evolução nesse front. E isso pode ser inclusive uma área de surpresa positiva”, avaliou Tombini.

Ele observou que, nas primeiras conversas pós-eleições nos Estados Unidos, “houve um sentimento de perspectivas favoráveis de evolução” e os mercados refletiram isso. “A nossa visão é uma visão mais neutra. Uma visão de que uma parte disso vai ser endereçada, mas certamente há um risco aí nessa questão." O presidente do BC reiterou que é esperado crescimento negativo para este ano na União Europeia (EU), mas que o mercado já projeta uma contração menor para 2013.

Crescimento em 2013

Para o Brasil, Alexandre Tombini destacou o crescimento anualizado de 4,7%, que ocorreu no País no terceiro trimestre deste ano, e projetou, a partir de previsões do mercado financeiro, a manutenção de alta em torno de 4% para o ano de 2013.

Apesar do provável não cumprimento da meta fiscal deste ano, o presidente do BC lembrou que a dívida pública do Brasil vem caindo em proporção do PIB. Hoje ela é de 58,5%. "Claramente, um mundo onde países que agora estão sob programas do FMI, de organismos europeus, estão pensando numa convergência para níveis de 120% do PIB da sua dívida bruta em vários anos”, disse Tombini. “Ou seja, nós temos uma situação confortável. É preciso manter esse diferencial no País."

Enfrentar a crise

O vice-líder do governo na Comissão Mista de Orçamento, deputado Cláudio Puty (PT-PA), disse que o País tem condições de enfrentar a continuidade da crise: "O cenário externo é muito ruim: contração na Europa; imobilidade política; dificuldades da relação do Obama com o Congresso (EUA), que quer reduzir tetos da dívida, contrair mais a economia - mas parece que eles estão caminhando bem...”

Quanto à situação interna, o deputado reconhece que há desafios, “mas o Brasil, comparado com o resto do mundo, tem tomado as medidas necessárias. O consumo é uma parte importante, estamos com emprego, apesar do crescimento abaixo do esperado. Mas as perspectivas de 2013 são animadoras, eu saio daqui, confesso, surpreso."

Em relação à inflação, o presidente do BC explicou que ela foi mais impactada pelos preços dos produtos agrícolas no início do ano, mas que esses valores, no atacado, já apresentam queda desde outubro. No acumulado do ano, os preços dos alimentos subiram mais de 10%. 

Agência Câmara de Notícias

 




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