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Pesquisa/Tecnologia
Terça, 07 de março de 2017, 06h39

Uber é acusado de usar app para monitorar a polícia


Em uma reportagem publicada nesta semana, o jornal norte-americano The New York Times revelou mais um duro golpe à imagem pública da Uber. A empresa de transportes por aplicativo teria usado um software "secreto" e até táticas de contra-espionagem para monitorar policiais. O objetivo seria o de evitar emboscadas preparadas pelas autoridades para pegar motoristas atuando em cidades onde o serviço é proibido.

O software em questão recebeu o nome de "Greyball" e teria sido usado em Boston, Las Vegas, Portland e Oregon, só nos EUA, além da França e possivelmente outros países. O sistema tinha o objetivo de detectar quando um policial estivesse usando o app para investigar a própria Uber.

Basicamente, o sistema, inserido no app da empresa, coleta informações sobre o usuário e, quando um determinado padrão de comportamento é detectado - como alguém abrindo o app várias vezes e fechando em seguida, próximo a uma delegacia, por exemplo -, aquele usuário é rotulado como um possível policial em serviço.

Quando o usuário recebe o tal rótulo, o motorista é orientado pelo app a não aceitar corridas dele. Com o tempo, segundo o NYT, o aplicativo começava a mostrar carros fantasmas para o provável policial de modo a despistá-lo. O software era mais usado em cidades onde o serviço ainda não é regulamentado.

O jornal ainda diz que a Uber rastreou a origem do cartão de crédito usado por esses "prováveis policiais" para saber se estava em nome de algum sindicato ou órgão que representasse as autoridades. E as revelações do NYT não param por aí: o jornal diz que a paranoia da Uber envolveu até estratégias de contra-espionagem.

Segundo a reportagem, alguns policiais sabiam da tática da empresa e por isso usavam celulares descartáveis, mais baratos, comprados pela corporação só para serem usados em investigações. O caso é que a Uber sabia dessa estratégia e por isso teria instruído funcionários a descobrir quais eram os celulares mais baratos nas cidades em que isso acontecia, para que a empresa pudesse monitorar também o comportamento de usuários nesses aparelhos.

Em nota ao site Gizmodo, a Uber admitiu a existência do software Greyball, mas não confirmou as revelações do NYT. "Esse programa nega pedidos de corridas para usuários que violam nossos termos de uso, seja pessoas com intenção de fazer mal aos motoristas, concorrentes tentando sabotar nossa operação ou oponentes que se aliam a autoridades em 'esquemas' para pegar nossos motoristas em armadilhas." 

Olhar Digital




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