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Pesquisa/Tecnologia
Domingo, 23 de maio de 2021, 01h39

Criatura unicelular estranha tem genoma igualmente bizarro


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O dinoflagelado é uma criatura unicelular com um dos genomas mais estranhos do planeta Terra inteiro. Ele é um ser vivo eucarionte, daqueles que carregam o DNA dentro de um núcleo, empacotado em cromossomos. Mas isso, até humanos são. O que torna os dinoflagelados estranhos é a forma como as estruturas são encontradas.

Ao contrário dos cromossomos encontrados em humanos, que formam uma espécie de X, os cromossomos dos dinoflagelados se reúnem em estruturas retas, com a forma de um bastão. O estudo foi publicado no dia 29 de abril, na revista científica Nature Genetics.

Ao longo dessas hastes, os genes se alinham em uma espécie de bloco, com cada bloco orientado na direção oposta do vizinho. Essa orientação de cada bloco é quem dita em que direção a célula pode ler as instruções genéticas contidas em cada gene. A estrutura incomum e alternada influencia a forma do cromossomo.

Ela também regula, provavelmente, como e quando os genes específicos podem ser acessados, afirmaram os cientistas envolvidos no estudo. Assim, os dinoflagelados não se encaixam no que é sabido a respeito de indivíduos eucariontes. A afirmação é do geneticista funcional Manuel Aranda, da Universidade de Ciência e Tecnologia Rei Abdullah, na Arábia Saudita, em entrevista ao site The Scientist.

Para o estudo, os cientistas estudaram especificamente o dinoflagelado Symbiodinium microadriaticum, um tipo de plâncton que vive em simbiose com corais. Eles descobriram que a espécie tem cerca de 94 cromossomos em forma de bastão. Dentro de cada bastonete, os genes se agrupam por funções semelhantes e interagem com as mesmas vias moleculares.

O grupo de pesquisadores observou também que blocos vizinhos interagem, mas raramente blocos distantes o fazem. Um padrão semelhante foi encontrado no dinoflagelado Breviolum minutum. Enquanto blocos vizinhos de endireitam durante a transcrição, garantindo acesso ao material genético, os blocos de fora desse par seguem inalterados.

A descoberta de Aranda e sua equipe sugere que exista algum tipo de barreira entre diferentes pares de blocos. Além disso, os indivíduos eucariontes dependem de um tipo de proteína, as histonas, em forma de carretel na qual o DNA enrola, como fios, durante a transcrição. Mas os dinoflagelados produzem pouquíssimo dessa proteína. Assim, as barreiras mantém a estrutura cromossômica e controlam a transcrição.

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