Yênes assume e Agecopa acusa Adilton Sachetti de autoritário

Alberto Romeu
Redação

A saída repentina do ex-prefeito de Rondonópolis, Adilton Sachetti, do cargo de presidente da Agecopa (Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal) que alegou conflitos entre outros diretores já tem na pessoa do diretor de Planejamento e Gestão da instituição, Yenês Magalhães seu substituito. Sachetti afirmou para a imprensa que não pode realizar o que desejava. Por outro lado, a nota distribuida pela assessoria de imprensa da Agecopa aponta atos de radicalização por parte de Sachetti.

“O ex-presidente sempre tentou impor suas vontades, não acatando e nem respeitando as decisões tomadas pela maioria dos diretores no âmbito do colegiado. Esta postura autoritária e ditatorial afetou decisivamente o relacionamento com todos os demais diretores” – rebate a nota da diretoria da Agecopa assinada pelos diretores Agripino Bonilha Filho - Diretor de Articulação Interinstitucional, Carlos Brito de Lima - Diretor de Infraestrutura, Jefferson de Castro - Diretor de Orçamento e Finanças, Roberto França Auad - Diretor de Comunicação e Marketing , Yuri Bastos Jorge – Diretor de Assuntos Estratégicos e o próprio Yênes Magalhães – já na condição de Diretor Presidente Interino e Diretor de Planejamento e Gestão.

A nota – enviada ao PlantãoNews ressalta ainda que a renúncia do ex-presidente não afeta os trabalhos da Agecopa. “Todas as ações que preparam Cuiabá, Várzea Grande e o Estado de Mato Grosso para a Copa 2014 prosseguem normalmente e não existe qualquer ameaça que possa comprometer a realização do evento” – diz.

Confira abaixo a Nota Oficial:

Considerando as declarações recentes do ex-diretor presidente Adilton Sachetti, o colegiado da Agecopa vem a público restabelecer a verdade dos fatos:

1 – A renúncia do ex-presidente não afeta os

trabalhos da Agecopa. Todas as ações que preparam Cuiabá, Várzea Grande e o Estado de Mato Grosso para a Copa 2014 prosseguem normalmente e não existe qualquer ameaça que possa comprometer a realização do evento.

2 - Cuiabá vem se destacando como uma das sedes mais adiantadas no cronograma estabelecido pela FIFA, fruto do trabalho e da dedicação de todos os diretores, corpo técnico e demais funcionários da Agecopa.

3 - O principal motivo das divergências com o ex-presidente foi sua posição radical e contrária às obras de mobilidade urbana em Cuiabá e Várzea Grande, como ele mesmo confessou publicamente durante entrevista concedida a uma emissora de TV da Capital.

4 - Defendemos, ao contrário do ex-presidente, a construção dos corredores BRT, das novas rotatórias, viadutos, pontes e trincheiras que visam melhorar o trânsito e o transporte coletivo. O governador Silval Barbosa também defende estas obras, tanto é que autorizou as mesmas considerando o grande interesse público que elas representam.

5 - O ex-presidente sempre tentou impor suas vontades, não acatando e nem respeitando as decisões tomadas pela maioria dos diretores no âmbito do colegiado. Esta postura autoritária e ditatorial afetou decisivamente o relacionamento com todos os demais diretores.

6 - Quanto ao fato de ser ele o ordenador de despesas num órgão colegiado, é importante ressaltar que o ex-presidente participou de todas as discussões para a elaboração da lei que criou a Agecopa. Portanto, sempre soube que esta é a mecânica de funcionamento da agência. Ele inclusive rejeitou a proposta de compartilhar com os diretores de Planejamento e de Finanças a ordenação das despesas. Depois de um ano no cargo, só agora afirma ser contrário a um modelo inovador de gestão que ele mesmo ajudou a criar.

7 - O colegiado reitera sua posição em defesa do legado social que a Copa deixará em benefício de toda a comunidade, especialmente da população de Cuiabá e Várzea Grande. Os interesses do cidadão, o maior beneficiário de todos os esforços na realização da Copa em Mato Grosso, não podem ser sacrificados em nome de visões estreitas que não assimilam a grandeza deste evento e dos benefícios que estas obras trarão para nossa população.

8 - O colegiado mantém sua posição de unidade e continuará trabalhando com afinco e dedicação para fazer de Cuiabá a mais organizada e acolhedora sede da Copa do Mundo no Brasil.

Cuiabá, 15 de Outubro de 2010

Conforme a constituição da Agecopa, os salários variam de R$ 12.294,32 a R$ 1.400,00 conforme dados abaixo, tendo sido aprovados em 25 de Setembro de 2009.