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Política MT
Quarta, 27 de junho de 2012, 13h24

Deputado afirma que Paraguai não é quintal do Brasil para sofrer interferência após o impeachment de


Em reunião da Representação Brasileira do Parlasul, o deputado federal Júlio Campos (DEM/MT) foi a primeira voz que destoou do coreto na defesa da emissão Da emissão de uma nota de repúdio contra a decisão política do Poder Legislativo do Paraguai, no ato de impeachment do ex-presidente do Paraguai, Fernando Lugo, com o impedimento da participação dos representantes paraguaios na reunião do Parlasul, em Montevidéu, do dia 02 de julho.

“O Paraguai não é o quintal do Brasil. O Parlamento Paraguaio é soberano em suas decisões e o Brasil, nem a representação brasileira do Parlasul podem interferir nas decisões de interna córpore, decisão tomada por maioria absoluta. Nossa relação com a Argentina se restringe ao campo comercial, porque o país compõe o Parlamento do Mercosul. Não confundir e querer fazer juízo de valor sobre a decisão política tomada por eles”, defendeu o parlamentar.

De acordo com o parlamentar, no dia 02 de julho, a representação terá uma reunião em Montevidéu, onde as delegações do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai estarão presentes, e não justifica lançar uma nota de repercussão internacional contrária a decisão do Parlamento do Paraguai no processo de impeachment do presidente Fernando Lugo.

“Há interesses do Brasil nas áreas: comercial, político-econômica do país, no que se refere aos brasiguaios e não devem ser confundidos com a expectativa de partidarismo e de esquerdismo”,afirmou o democrata.

Outro ponto destacado pelo parlamentar, é que os paraguaios foram eleitos pelo voto direto para compor o Parlasul, e a representação brasileira sequer foi eleita diretamente pelo povo. “Como contrariar a decisão dos paraguaios? Nós sequer fomos eleitos pelo voto popular para compor o Parlasul, nós somos biônicos, e eles são eleitos pelo voto popular. Antidemocrático é querer retirar o país do Parlasul, sendo que o povo que os escolheu. O impeachment do presidente foi decretado por várias razões de irregularidades políticas, administrativas. Não cabe ao Brasil ser imperialista”, avalia Júlio Campos.

De acordo com o parlamentar, esta postura que o Brasil quer adotar de tratar o Paraguai como seu quintal é inadimissível. “Nós criticamos tanto os Estados Unidos em querer interferir no Afeganistão, Iraque, e, em vários países do mundo, porque o Brasil quer interferir no Paraguai?”, questiona Júlio. 




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