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Quarta, 16 de setembro de 2015, 12h03

Cresce número de processos arquivados pelo TJMT


O número de processos arquivados pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) foi maior que a quantidade de novas ações que ingressaram no Judiciário mato-grossense em 2014. Os dados fazem parte do Relatório Justiça em Números (ano-base 2014), uma das principais publicações anuais sobre o funcionamento do Judiciário brasileiro, divulgado nesta terça-feira (14 de setembro), em Brasília.

O Índice de Atendimento à Demanda (IAD), que mede a capacidade do Poder Judiciário em dar vazão ao total ingressado, foi de 107,7%, acima da média nacional, de 99%. O TJMT está entre os 21 tribunais (78% dos casos) onde o IAD superou o patamar de 100% em, pelo menos, uma das instâncias. O Tribunal registrou no Primeiro Grau um IAD de 104% e no Segundo Grau de 108%.

Em 2014 ingressaram na Justiça Estadual 350.673 novos processos. Neste mesmo período foram baixadas 377.762 ações judiciais.

“Os números apresentados mostram que o Judiciário de Mato Grosso está no caminho certo. Estamos avançando aos poucos, porém com solidez. Nosso trabalho tem sido focado nos resultados”, destacou o presidente do TJMT, desembargador Paulo da Cunha, ressaltando que os frutos colhidos agora são resultado de ações que vêm sendo executados dentro do Poder Judiciário nos últimos anos, durante a gestão 2013/2015, coordenada pelos desembargadores Orlando de Almeida Perri (presidente), Sebastião de Moraes Filho (corregedor-geral da Justiça) e Márcio Vidal (vice-presidente).

O número de processos arquivados maior que a quantidade de novas ações reflete diretamente na taxa de congestionamento, que mede o percentual de processos em tramitação que não foi baixado durante o ano. Com isso, o TJMT conseguiu reduzir sua taxa de congestionamento, baixando de 74,92% em 2013, para 71% em 2014. Uma redução de 3,92 pontos percentuais.

Com relação ao Primeiro Grau, o TJMT ocupa a quinta colocação entre os tribunais de médio porte, com uma taxa de congestionamento de 73% e o quarto lugar – no Segundo Grau – com uma taxa de 43%. No ranking dos tribunais de médio porte o TJMT subiu da 8ª para 6ª colocação (no total de 10 instituições) e na classificação geral do 22º para o 16º lugar (no total de 27 instituições).

Outro dado que o Justiça em Números traz é com relação ao Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), que também aumentou significativamente. Em 2013, a média geral (Primeiro e Segundo graus) de produção foi de 1.301 processos por magistrado. Já em 2014 este número saltou para 1.567.

O aumento do número de processos arquivados, juntamente com a redução da taxa de congestionamento, impactaram positivamente em outro indicador, o Índice de Produtividade Comparada (IPC-Jus), onde o TJMT chegou a 77,6%, atingindo a chamada linha da eficiência.

O IPC-Jus é calculado a partir de parâmetros de produtividade definidos com base em informações dos próprios tribunais, considerando o fluxo de entrada – número de processos que ingressaram, recursos humanos e financeiros disponíveis, servidores e despesas –, e o fluxo de saída, ou seja, os processos baixados. Dessa forma, os tribunais que mais baixam processos em relação aos seus insumos são os que mais se destacam no IPC-Jus.

Se comparado aos dois últimos anos, o IPC-Jus do Tribunal de Justiça de Mato Grosso saltou de 44% (2012) para 77,6% (2014), um aumento de 33,6 pontos percentuais, o maior índice registrado entre os tribunais estaduais.

No ranking da Justiça Estadual referente a 2014, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso ocupa a 9ª posição, avançando uma posição, com relação ao último relatório do Justiça em Números.

Os índices positivos são resultado de uma somatória de ações executadas como o incremento da força de trabalho, com a realização de concurso para novos magistrados, aumento do número de terceiros em colaboração (juízes leigos, estagiários e conciliadores). Além disso, foram realizados vários mutirões pela Corregedoria-Geral da Justiça com foco na baixa de processos. O TJMT investiu ainda na aquisição de ferramentas como o BI, que permite monitorar melhor os dados, quase em tempo real. Antes do BI para extrair um relatório do estoque processual, por exemplo, era necessário pelo menos dois meses de antecedência, hoje são necessárias apenas 24 horas. O BI permite que os dados capitados se transformem em informações, fazendo com que a tomada de ações possa ocorrer com maior rapidez e no foco do problema.

Para o desembargador Paulo da Cunha, os dados do relatório só aumentam a responsabilidade do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. “Vamos continuar trabalhando focados no tripé que esta gestão propôs, que é: pessoas, processos e tecnologia da informação. Para isso, estamos investindo nas mais diferentes frentes, como a expansão do PJe (Processo Judicial Eletrônico). Nossa meta é que até 2017 ele esteja em 100% das unidades judiciárias, incluindo o Segundo Grau. Além disso, estamos contratando uma das maiores empresas de arquitetura organizacional do país, para que ela realize um trabalho de melhoria e ajustes em nosso processo de trabalho. Nossa meta é arrumar a casa para que as melhorias possam aparecer a médio e a longo prazos”, ressalta o presidente.

Novidades - A pesquisa Justiça em Números trouxe, neste ano, uma série de novidades. A principal delas é a inclusão de dados sobre o número de unidades judiciárias de Primeiro Grau (varas, comarcas, juizados, zonas eleitorais etc.), além da divisão por tribunal e por tipo ou especialidade. Outra novidade é a inclusão da lista dos assuntos mais demandados nos casos que chegaram ao Judiciário em 2014. Há também uma sessão específica sobre Justiça Digital e outra que analisa os indicadores de 1º e de 2º grau. 




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