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Polícias
Quarta, 16 de maio de 2012, 18h56

Juiz orienta professores a lidar com a violência


Preocupada com o crescente índice de violência e com o mau comportamento na Escola Estadual Mariana Luiza Moreira, no bairro Tijucal, em Cuiabá, a coordenadora Márcia Jamil recorreu pela segunda vez ao juiz Abel Balbino Guimarães, da Vara de Execução Penal da Comarca de Várzea Grande, para obter orientações e preparar os professores para lidar com os estudantes problemáticos e se relacionar com os pais dos alunos.

“Os conflitos são tantos que estamos tendo que apartar brigas, chamar o Conselho Tutelar, e se ocupando dessas coisas acabamos deixando de executar o nosso papel de educadores”, lamentou a coordenadora.


Há 20 anos, muito antes de existir o projeto Judiciário na Escola, fomentado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o magistrado Abel Guimarães vem ministrando palestras para auxiliar educadores a prevenir e contornar a agressividade no ambiente escolar.
As atividades fazem parte do projeto A Justiça é a Esperança, de iniciativa da Ong Escola Mundo Azul, da qual o juiz faz parte. Da primeira vez, a coordenadora da escola gostou tanto da palestra do magistrado que o convidou a voltar ao estabelecimento na noite desta terça-feira (15 de maio). A grande rotatividade de docentes na unidade também a levou a requisitar novamente a presença do juiz. “Os alunos estão sem limites e sem apoio familiar. E a gente acaba perdendo o norte, sem saber a quem procurar”, pontuou Márcia Jamil.

Com o lema É melhor prevenir do que castigar, o projeto tocado pelo magistrado tem levado mensagens de justiça, paz, harmonia e informações sobre direitos e deveres de um cidadão. O magistrado observou que os professores têm papel fundamental para evitar que muitos jovens entrem para o mundo do crime.

Abel Guimarães observou que a superlotação carcerária no Brasil só perde para a Bolívia e que o Judiciário brasileiro precisa como nunca de pessoas na linha de frente para fazer o trabalho preventivo, ainda mais dos professores, que lidam cada um com 80 a 100 alunos diariamente. “A solução para o infrator não é a cadeia, porque esse é o fim da linha, mas a educação”, observou.

A professora de Geografia Rosicléia Monge Pinheiro salientou que muitos professores também não têm conhecimento de todos os direitos e deveres. “Com as informações a gente se sente mais preparada para enfrentar todas as situações de dificuldades que aparecerem”, avaliou. 




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