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Quarta, 01 de agosto de 2012, 23h58

CPMI: relator não vê necessidade de convocar Russomanno


O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), disse nesta quarta-feira que não vê necessidade de convocação do ex-deputado Celso Russomanno, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRB, para prestar depoimento. O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), apresentou ontem à CPMI um requerimento de convocação de Russomanno, para que ele explique reportagem do jornal Correio Braziliense.

De acordo com a publicação, Russomanno teria sido citado em interceptações, feitas pela Polícia Federal, de conversas de um integrante do grupo do contraventor Carlos Cachoeira com um suposto amigo do candidato, identificado como Fábio. Em um dos diálogos, um dos responsáveis por remessas de dinheiro para o exterior sugere que Russomanno teria uma conta no México. Outra conversa aponta Russomanno como possível detentor de R$ 7 milhões numa conta operada pela organização criminosa.

Na opinião do relator Odair Cunha, a investigação sobre o indício de que Celso Russomanno teria dinheiro de forma ilegal no exterior não é competência da CPMI: "Não há envolvimento dele com a organização criminosa; o que há é um indício de algum dinheiro ilegal no exterior. Isso deve ser investigado pelos órgãos competentes, pela PF, mas trazê-lo à CPMI por causa de uma conversa entre dois doleiros não é o caminho para produzir um investigação e chegar à verdade."

Volume
Já o líder Rubens Bueno reforçou a necessidade de convocação do candidato: "É um volume de dinheiro grande. Há agora a afirmativa de que o profissional que maneja o dinheiro do Cachoeira também estaria tratando desse assunto do Celso Russomanno; ele confirmou que o amigo dele [de Russomanno], o Fábio, o procurou e que o recurso era do Russomanno. Então, ninguém melhor do que ele para esclarecer esse fato."

Celso Russomanno afirmou que não tem qualquer ligação como o grupo criminoso de Cachoeira. Ele considerou a reportagem do Correio Braziliense como "um absurdo sem precedentes". O ex-deputado disse que a tentativa de envolver o seu nome com a CPMI foi a tentativa “mais rasteira” de desqualificar a sua candidatura.

Russomanno já encaminhou ofício ao presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), colocando à disposição os seus dados telefônicos, bancários e fiscais. Ele também se dispôs a depor para prestar esclarecimentos.

Calendário
A CPMI retomará os depoimentos de testemunhas na quarta-feira (8), quando deverão ser ouvidos o contador e a ex-mulher de Cachoeira, Rubmaier de Carvalho e Andrea Aprígio de Souza. O relator Odair Cunha afirmou que os depoimentos de Luiz Pagot, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit); e de Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da empresa Dersa, devem ocorrer ainda neste mês.

De acordo com o relator da CPMI, a grande questão que se busca responder é onde foi parar o dinheiro do jogo ilícito operado por Carlinhos Cachoeira. O parlamentar também quer descobrir as comissões que ele recebia por contratos que viabilizava junto a governos. 




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