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Terça, 09 de agosto de 2016, 07h02

Acordo de paz na Colômbia é oportunidade para por fim a 'capítulo de guerra'


O chefe da nova missão das Nações Unidas na Colômbia afirmou nesta semana (2) que a ONU fará de tudo para apoiar a plena implementação do acordo de paz alcançado pelo governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC – EP).

“Estamos convencidos de que esta longa negociação oferece uma oportunidade real para encerrar de uma vez por todas o capítulo da guerra. E a opinião é também partilhada pelas partes envolvidas”, disse o representante especial do secretário-geral da ONU para a Colômbia, Jean Arnault, durante encontro com repórteres em Bogotá, onde a missão está localizada.

No final de janeiro de 2016, o Conselho de Segurança, atendendo ao pedido em conjunto do governo e das FARC-EP, aprovou por unanimidade uma resolução para estabelecer uma missão política no país.

O objetivo da missão é monitorar o desarmamento, o cessar-fogo bilateral e a cessação das hostilidades na Colômbia. O acordo foi assinado em 23 de junho pelas partes envolvidas.

Como parte do compromisso firmado, o Departamento de Assuntos Políticos das Nações Unidas (DPA) já iniciou o processo de planejamento da missão política para o país e os primeiros 80 observadores internacionais chegaram à Colômbia no final de julho. Todos são oriundos de instituições civis e militares de países latino-americanos.

Arnault explicou que a missão conduzirá diretamente a verificação do desarmamento, enquanto a ONU, o governo e as FARC-EP vão verificar a implementação do cessar-fogo.

Ele destacou ainda o caráter temporário da missão, salientando que a presença de observadores militares não deve ser percebida como uma “presença estrangeira” na Colômbia.

“Esta missão tem um perfil diferente, seja por conta do seu mandato ou pelo tempo de duração. Trata-se de uma missão temporária e provisória, que permanecerá na Colômbia até a implementação do cessar-fogo e do desarmamento. Após a conclusão desses processos, a missão será retirada. Espero que isso dissipe qualquer ideia de que a ONU esteja tentando ter uma presença prolongada aqui”, afirmou Arnault.

“Nós não pretendemos impor a eles um acordo de paz. Queremos somente garantir, para ambas as partes e para todos os colombianos, que tudo o que foi discutido e acordado em Havana de fato aconteça”, acrescentou.

Em um artigo de opinião para o jornal colombiano El Tiempo, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que a implantação da missão na Colômbia será uma “experiência sem precedentes” no país, bem como na história de avaliações de cessar-fogo da ONU.

Envolvidas em negociações de paz em Havana desde 2012, as FARC-EP e as autoridades colombianas chegaram a um acordo sobre questões-chave para o país, como a participação política, os direitos à terra, drogas ilícitas, igualdade de gênero, entre outros temas. 




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