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Citando os difíceis desafios enfrentados pelos agentes humanitários na Síria no ano passado, o enviado da ONU para o país, Jan Egeland, disse na quinta-feira (5) que 2017 precisa ser um ano de mudança e de diplomacia.
“Depois de cinco anos de guerra implacável, podemos ter um ano de resolução de conflitos e de proteção dos civis. Isso pode acontecer, e ficamos estimulados ao ouvir que a Rússia e a Turquia vão facilitar o acesso humanitário a todos os civis como parte do acordo de cessação das hostilidades”, disse Egeland a jornalistas em Genebra.
“A ONU, por sua vez, se responsabilizará ativamente pela promessa de ajudar”, acrescentou.
Em 2016, agentes humanitários só conseguiram alcançar 21% dos necessitados do país.
Egeland falou ainda sobre a crítica situação em Damasco, capital do país. De acordo com ele, cerca de 5,5 milhões de pessoas estão sem água na região devido a interrupção do fornecimento da nascente de Wadi Barada, que abastece cerca de 70% da população da cidade.
“Precisamos empreender esforços de emergência para garantir que escolas, hospitais, padarias e outros serviços essenciais obtenham água”, frisou Egeland, afirmando que a ONU pediu permissão para visitar a nascente e avaliar a situação.
Também falando a jornalistas em Genebra, o enviado especial das Nações Unidas para o país, Staffan de Mistura, expressou otimismo em relação a situação no país.
Ele lembrou a recente resolução aprovada pelo Conselho de Segurança que apoia os esforços da Rússia e da Turquia em acabar com a violência no país e impulsionar um processo político na região.
“Uma iniciativa como esta precisa ser apoiada, e esperamos que ela seja bem-sucedida e definitivamente recebida”, disse Mistura, acrescentando que a ONU apoiaria o processo, conforme solicitado pelos Estados-membros.
Mistura também afirmou que está ansioso para as negociações políticas que acontecerão em Astana, capital do Cazaquistão.
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