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O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, está confiante de que o Brasil terá plena infraestrutura para a realização da Copa do Mundo de 2014 e afirmou, a fim de basear o seu otimismo, que o país teria condições de realizar o Mundial contando apenas com o estado de São Paulo como sede. O representante e atual interlocutor do Governo com a Fifa considerou mais do que necessária a utilização de doze cidades no evento. Para Rebelo, os desafios brasileiros estão atualmente entre os enfrentados nas edições da África do Sul e da Alemanha.
- Não temos a tecnologia e a sofisticação da Alemanha. A nossa institucionalidade não tem a perfeição da Alemanha. Mas temos infraestrutura, logística e tradição em eventos maiores que a da África do Sul. Não vamos enfrentar os mesmos desafios que a África do Sul, nem teremos coisas tão prontas como a Alemanha tiveram quando organizaram a sua Copa. Acho que fazer em doze capitais é até certo luxo para o Brasil. Podíamos fazer a Copa só no estado de São Paulo, que tem capacidade para organizar uma Copa. O Brasil já realizou coisas mais importantes e difíceis - disse o ministro em entrevista ao "SporTV News".
Rebelo ainda deixou claro que o Governo Federal possui interpretações diferentes da Fifa em relação aos andamentos das obras em estádios para do Mundial. Recentemente, a entidade máxima do futebol revelou preocupação com a Arena das Dunas, em Natal (RN).
- Nós contestamos desde a primeira vez (a análise da Fifa). Há uma diferença de avaliação. Toda obra de construção civil, não apenas um estádio, tem suas etapas, que vai desde a demolição, à terraplanagem, as fundações até o acabamento. Cada etapa a empresa dá peso um diferenciado. No estádio de Salvador, por exemplo, todos os pré-moldados, toda a matéria prima, está pronta, produzida, esperando apenas que o guindaste colha e coloque na produção. Essa diferença é que a Fifa acha que a terraplanagem e a demolição representam uma fase com representação menor e a empresa acha que representa maior - disse.
Ciente da elevação dos preços dos hotéis com o aumento da demanda durante o Mundial, Rebelo afirmou que o investimento extra no setor de hotelaria impedirá o abuso nas diárias. O titular da pasta do Esporte, no entanto, se disse preocupado com a situação específica do Rio de Janeiro.
- Sim, é possível (reduzir os preços), porque, no Brasil, nós temos previstos elevados investimentos em hotelaria. Apenas uma cadeia francesa, a Accor, prevê investimentos até 2015 de R$2,5 bilhões. Não por causa da Copa, mas porque o Brasil tem sido um destino do turismo, de feiras, de convenções. O Rio de Janeiro é exceção e antecipa um problema com a Rio+20, mas pode pagar um preço muito caro depois, porque eu já tenho notícias nesse mercado de eventos de que empresas que escolhem destinos para feiras, congressos e eventos estão procurando outras cidades, como Porto Alegre, São Paulo, Recife, Salvador, e estão deixando o Rio, com receio dos preços dos hotéis.
O ministro também disse que a implementação de tecnologias de informação para a realização da Copa está resolvida e acredita que a infraestrutura ficará como legado à população.
- Tivemos investimentos públicos e privados. Doze sedes terão banda larga, tecnologia 4G. Fizemos o cálculo do risco. Todos os jornalistas estrangeiros e nacionais terão sistema de transmissão de dados e de informação seguros, que ficará para a população nos estados e cidades.
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