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O estádio Nacional, de Brasília, já articula e aparece forte como candidato a receber o jogo de abertura da Copa de 2014, que terá a seleção brasileira, caso o impasse do estádio Itaquerão não seja resolvido. A informação é do jornal "O Estado de São Paulo".
A futura arena do Corinthians tem problemas financeiros para continuar as obras em função de um impasse entre Banco do Brasil e Odebrecht na negociação para viabilizar o empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Sócio Econômico) ao estádio.
O ex-presidente corintiano, Andrés Sanchez, já afirmou diversas vezes que a obra pode ser paralisada.
De acordo com o Estado de São Paulo, o governo federal convocou uma reunião com dirigentes corintianos, governo estadual de São Paulo e prefeitura da cidade em uma última tentativa para salvar o projeto.
A publicação diz, no entanto, que o governo federal já trabalha com a hipótese de que Brasília substitua São Paulo na abertura do Mundial caso o impasse não seja resolvido. A arena da capital brasileira tem todas as exigências impostas pela Fifa e será, inclusive, palco da abertura da Copa das Confedrações, em junho deste ano.
"Brasília já deu sinais claros de que está disposta a assumir o papel de abertura da Copa", disse um funcionário da Copa.
O Itaquerão pode até ficar de fora da Copa do Mundo. O Corinthians recebeu cerca de R$ 90 milhões em isenções fiscais para a construção do estádio com o pressuposto de que seria utilizado no torneio. Caso a arena seja excluída do Mundial, esse dinheiro teria que ser devolvido.
Entenda a crise do Itaquerão
O BNDES estatal aprovou um empréstimo de R$ 400 milhões para a arena corintiana no dia 11 de julho de 2012. Pelos termos da aprovação, o Banco do Brasil atuaria como repassador desse dinheiro à Arena Itaquera S.A., formada pela empreiteira para o financiamento das construções.
A questão é que a Odebrecht quis apresentar como garantia para o negócio as receitas futuras da arena. Já o BB exige que a empreiteira mostre garantias tradicionais, como bens físicos ou cartas bancárias. Sua alegação é que essas são as regras bancárias. Nenhum dos dois lados cedeu até esta semana, segundo apurou o UOL Esporte.
Continuam a ocorrer reuniões constantes entre as partes. E o consórcio que toca a obra tem apresentado seguidas propostas com modelos para dar avala à transação. Todas foram recusadas até agora.
Do lado do BB, os dirigentes já deixaram claro que não se importam quem é o responsável pela gestão do estádio, seja Odebrecht ou Corinthians. Só informaram que as garantias têm que ter o modelo tradicional, que dê segurança ao banco, e que sejam dados pela empreiteira, pois há veto a transação com clubes de futebol. Há um pessimismo no banco em relação ao negócio.
Até agora, a empreiteira já investiu cerca de R$ 500 milhões de seu cofre ou de empréstimos no projeto, segundo sua diretoria informou recentemente. Responsável do Corinthians para a obra, Andrés Sanchez afirmou que a obra pode parar no final do mês se não sair o empréstimo do BNDES.
"Todo mundo sabe que o Corinthians dependia do financiamento do BNDES e da garantia sobre investimentos de melhoria para a zona leste para tocar a obra. Se não saírem nas próximas semanas, nós vamos parar as obras no Itaquerão", disse Andrés Sanchez.
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