Cuiabá | MT 27/04/2024
Saúde
Domingo, 15 de maio de 2016, 05h35

Municípios intensificam vistorias em locais públicos


Municípios brasileiros estão intensificando vistorias em locais de grande concentração urbana ou que reúna estruturas que possam acumular água e serem potenciais criadouros do mosquito transmissor da dengue, do vírus Zika e da febre chikungunya. Iniciativas de enfrentamento ao vetor já começaram em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, por exemplo, com vistorias a vagões sem uso e a superestruturas, como estádios. A Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) apoia e incentiva a adoção de estratégias como essas nas demais unidades da federação.

Uma dessas ações aconteceu no estádio do Maracanã, palco da abertura e de jogos das Olimpíadas do Rio de Janeiro. Nesta semana, representantes da Sala Nacional e Estadual acompanharam a vistoria feita pelas equipes de combate ao mosquito no complexo, que vem sendo monitorado diariamente pelos agentes de saúde do município. “Centros esportivos de grande porte são pontos de atenção permanente por serem potenciais focos de criadouro, por terem áreas expostas e de difícil acesso, como a cobertura das arquibancadas”, enfatizou a coordenadora da Sala Nacional, Marta Damasco. Outros locais de competição das Olimpíadas do Rio de Janeiro fazem parte da rotina de vistorias das equipes de agentes comunitários de saúde e de controle de endemias, com apoio dos militares das Forças Armadas.

Em Minas Gerais, os técnicos da Sala Nacional visitaram o pátio da Oficina do Horto Florestal, na zona central de Belo Horizonte, onde já houve problemas com focos do Aedes aegypti. No local já foram armazenados 200 vagões da União, que com o tempo foram se deteriorando. Hoje, restam cerca de 10 a espera de tratamento adequado, mas o pátio está limpo e bem cuidado, podendo servir de modelo para outras concessionárias. De acordo com a coordenadora Marta Damasco, a estratégia de vasculhar grandes áreas em centros urbanos deve ser adotada por todos os estados e seus municípios, pois esses locais podem tornar-se potenciais abrigos para ovos do mosquito. “Pátios ferroviários, depósitos de ferro-velho, terminais de carga, estádios, ginásios, centros de convenção, entre outros, oferecem dificuldades para a inspeção em razão das suas grandes dimensões, mas, se a vistoria não acontecer essas áreas podem ser igualmente zonas de criação do mosquito e de transmissão das doenças que ele causa”, alerta.

Durante os meses de maio e junho, técnicos do Ministério da Saúde e das pastas que integram a Sala Nacional percorrerão as demais unidades da federação. Além do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, eles já estiveram no Tocantins, Piauí, Acre e Amazonas. Na próxima segunda-feira (16), o grupo se reunirá com os representantes da Sala Estadual do Ceará e fará visita a instalações ferroviárias do estado.

VISITAS – Nesse quarto ciclo de combate ao vetor, iniciado em 1º de maio, as equipes de combate ao Aedes aegypti visitaram mais 6,6 milhões de imóveis brasileiros até o dia 12, às 15 horas. Foram 5,5 milhões de domicílios, prédios públicos, comerciais e industriais efetivamente vistoriados, além de 1 milhão de estabelecimentos que estavam fechados ou houve recusa para acesso. Até o momento, 3.049 dos 5.570 municípios brasileiros registraram as visitas ao Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR).

O primeiro ciclo da mobilização, realizado entre janeiro e fevereiro, alcançou 88% dos domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais, com a soma de 59 milhões visitados, sendo 47,8 milhões trabalhados e 11,2 milhões que estavam fechados ou houve recusa para o acesso. No segundo, em março, as equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti alcançaram 34,9 milhões de imóveis brasileiros, sendo 29,2 milhões de domicílios, prédios públicos, comerciais e industriais efetivamente vistoriados. No terceiro, realizado no mês de abril, foram visitados mais de 28,3 milhões de imóveis brasileiros, sendo 23,5 milhões efetivamente vistoriados e 4,7 milhões de estabelecimentos que ou estavam fechados ou houve recusa para acesso.

Em todo o país, as visitas aos imóveis contam com a participação permanente de 266,2 mil agentes comunitários de saúde e 49,2 mil agentes de controle de endemias, com apoio de aproximadamente 5 mil militares das Forças Armadas. Juntam-se, ainda, profissionais de equipes destacados pelos estados e municípios, como membros da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. 

UF
Visitas realizadas
Percentual de visitas realizadas
Imóveis vistoriados
Imóveis fechados e recusados
Total
6.648.165
9,91%
5.552.156
1.096.009
AC
9.821
4,60%
9.437
384
AL
4.735
0,53%
4.246
489
AM
4.069
0,46%
3.841
228
AP
0
0,00%
0
0
BA
627.550
14,13%
566.792
60.758
CE
377.160
15,11%
358.766
18.394
DF
31.014
3,33%
26.537
4.477
ES
247.345
18,34%
183.076
64.269
GO
346.257
14,78%
291.377
54.880
MA
476.551
32,24%
455.099
21.452
MG
971.941
13,52%
818.425
153.516
MS
0
0,00%
0
0
MT
29.005
2,77%
26.836
2.169
PA
180.536
9,81%
151.467
29.069
PB
167.806
14,25%
161.038
6.768
PE
0
0,00%
0
0
PI
87.935
10,44%
85.583
2.352
PR
61.930
1,66%
53.155
8.775
RJ
116.993
1,74%
107.536
9.457
RN
187.153
18,16%
160.532
26.621
RO
75.917
16,00%
72.920
2.997
RR
25.019
18,51%
22.744
2.275
RS
328.793
7,95%
289.166
39.627
SC
0
0,00%
0
0
SE
107.944
17,66%
83.243
24.701
SP
2.103.512
12,88%
1.546.773
556.739
TO
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17,70%
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