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Saúde
Terça, 27 de fevereiro de 2018, 11h03

Jovem trabalhador se emociona ao voltar a enxergar


Foto: Christiano Antonucci
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“A sensação de não enxergar é muito ruim. A claridade dá até tontura quando a gente volta a ver”, explicou Rosinei Santos, que já passou pela situação. Ela reviveu o sentimento nesta segunda-feira (26.02) ao acompanhar seu irmão Neidil da Silva, 33 anos, que há quatro meses perdeu a visão por conta da catarata. Apesar de não estar na faixa etária dos atendimentos da Caravana, ele conseguiu a regularização para fazer o procedimento.

Após operar de um dos olhos, o esquerdo (o direito será na quinta-feira , 28.02) o desejo de Neidil era um só. “Voltar para casa, abraçar meus filhos e minha esposa e ver a feição deles porque eu não via mais nada, apenas vulto”, disse sem esconder as lágrimas nos olhos e lendo a receita do médico, provando que está enxergando.

Tratorista em fazendas, Neidil começou a apresentar dificuldade na visão há cerda de um ano, mas o caso se agravou nos últimos quatro meses, quando teve que abandonar o trabalho porque não enxergava mais. Desde então, dependia dos cuidados pessoais da esposa e da ajuda de conhecidos e familiares para manter o sustento da casa.

Não poder trabalhar tem sido igualmente frustrante para ele. “Sempre trabalhei. Tenho minha família, não sei nem o que dizer. Estou dependo da ajuda dos outros”, desabafou em poucas palavras antes da cirurgia.

Mas a situação começa a se resolver agora. Com a cirurgia de um olho vieram os primeiros sinais de melhora. Neidil já consegue ver as irmãs que o acompanhavam. “É muito bom saber que existe lugares onde a gente pode buscar tratamento. Estou feliz por ele, que tem família, filhos. Todos os que o ajudam não tem uma situação financeira de grande porte, fazem com dificuldades. Ele é um jovem muito trabalhador e está vivendo momentos de muita tristeza, não pode dar as coisas para os filhos. Foi assim agora no início das aulas. Fico feliz por não precisar mais depender dos outros, é uma vitória. Só temos que agradecer por essa iniciativa da Caravana”, afirma uma das irmãs.

De Poconé

Neidil é morador do município de Poconé, que não faz parte dos municípios atendidos pela 12ª Caravana da Transformação. Mas ao saber que Cáceres sediaria o evento, não pensou muito e tratou de correr em busca de uma oportunidade. “Passei muito tempo consultando pra lá e pra cá, fiz diversos exames até com cardiologista e sem resultado. A Caravana foi uma esperança”, explicou ele.

Superando as dificuldades, conseguiu chegar em Cáceres com o apoio da irmã, que disponibilizou o carro de um vizinho e foi dirigindo.

“Não são apenas os pacientes que ganham com o resultado. É muito gratificante para quem ajuda. É indiscutível essa recompensa de não deixa-los tão dependente de alguém”, destacou Sílvia Fernandes Cardoso, servidora da Secretaria de Saúde de Figueirópolis D”Oeste, que se emocionou ao ver não apenas Neidil, mas o morador da sua cidade, José Leocárdio, 79 anos, reconhecê-la. O idoso não enxergava dos dois olhos. Sem um familiar para acompanhá-lo na cirurgia, foi Silvia quem se responsabilizou pelos cuidados, dando a ele a chance de melhorar a visão.

“Quando ele saiu da cirurgia eu o chamei e ele sorriu para mim e perguntou se não era ilusão da cabeça dele, se de fato estava enxergando mesmo. Foi muito lindo”, declarou Sílvia.




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